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Investigação: Deloitte traça futuro inovador para a saúde

06 de Maio de 2015

Fazer quimioterapia no domicílio ou realizar consultas através de telefone com o médico especialista a contactar de forma interativa e fácil os outros profissionais, como o médico de família ou o farmacêutico, foram algumas das mudanças na área da saúde traçadas num trabalho desenvolvido pela consultora Deloitte, que prevê que em 2020 utentes, prestadores e reguladores vão beneficiar de serviços e ferramentas inovadoras.

O trabalho  Healthcare and Life Sciences Predictions 2020 – A bold future? foi coordenado pela diretora do Centre for Health Solutions da Deloitte no Reino Unido, Karen Taylor, e apresentado ontem em Lisboa perante uma plateia de gestores hospitalares, médicos e representantes da Indústria Farmacêutica.

Margarida Bajanca, responsável pela indústria da Saúde da Deloitte Portugal, admitiu que nem todos os países vão caminhar à mesma velocidade, mas assegura que em Portugal há projetos-piloto que comprovam que há espaço para alguma desta inovação. «Há dois temas mais relevantes e que se interligam, o tema do big data – que tem sido bastante falado e o próprio Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho que já produziu um relatório sobre como se poderia fazer melhor uso da informação em saúde – e a organização dos sistemas de saúde», explicou Margarida Bajanca, que defende que o processo clínico eletrónico é fundamental, sobretudo em tempos de crise. «Ao termos mais dados e uma melhor análise, temos uma melhor decisão. Isso permite mudar a forma como se prestam cuidados de saúde», acrescentou.

Como exemplos de boas experiências, a responsável da Deloitte Portugal lembrou ao jornal “Público” o caso da Linha Saúde 24, que há um ano criou um serviço que acompanha idosos com mais de 70 anos a quem liga quinzenalmente. Para Margarida Bajanca este serviço podia evoluir para mais monitorização do estado de saúde que permitisse detetar as doenças ainda em fases mais precoces.