Investigação do i3S sobre cancro da mama vence Prémio Dr. Mário Fonseca 98

A investigadora Sandra Tavares, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), venceu a primeira edição do Prémio Dr. Mário Fonseca, atribuído pela Câmara Municipal de Lousada e pela empresa Soma Coordenadas.

No valor de 20 mil euros, este prémio permitirá à cientista testar uma nova abordagem de quimioterapia para atingir eficazmente e com menos efeitos secundários as células mais agressivas do cancro da mama triplo negativo.

Esta investigação, segundo explicou, na sexta-feira passada, a investigadora do i3S, ao portal da Universidade do Porto (UP), foca-se num tipo de cancro da mama triplo negativo que reage positivamente à quimioterapia e pretende “desenvolver uma forma diferente de tratamento que impeça a formação de metástases, ou seja, que elimine as células mais agressivas e que têm capacidade de se espalhar para fora do tumor, e que o faça com menos efeitos secundários”. Para isso, acrescenta, “vamos usar organoides, que são pedaços de tumores de pacientes que podemos usar em laboratório, e um modelo animal menos convencional, o ovo de galinha”.

Para uma mais rápida implementação na prática clínica, sustenta Sandra Tavares, que integra o grupo Cytoskeletal Regulation & Cancer, liderado por Florence Janody, “estabelecemos uma aliança estratégica entre Portugal (IPO-Porto e Centro Hospitalar Gaia-Espinho) e os Países Baixos (Centro Hospitalar Universitário)”.

Sobre o Prémio Dr. Mário Fonseca

Prémio Dr. Mário Fonseca foi criado em 2024, pelo município de Lousada, com o intuito de estimular a investigação científica e em homenagem ao ilustre médico lousadense, reconhecido como “Médico do Povo”, que dedicou toda a sua vida à medicina e ao apoio clínico dos mais desfavorecidos e faleceu em 2012 vítima de doença oncológica.

Tem um valor base de 20 mil euros.