Investigação do i3S sobre mieloma múltiplo vence Prémio Nacional de Hematologia 51

A Sociedade Portuguesa de Hematologia atribuiu o Prémio Nacional de Hematologia 2024 a Rui Bergantim, hematologista clínico na ULS São João e estudante do Programa Doutoral em Medicina e Oncologia Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), pelo trabalho de investigação na área do Mieloma Múltiplo que tem estado a desenvolver no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

O projeto, premiado com 25 mil euros, tem como objetivo identificar biomarcadores de doença residual mensurável (DRM) em doentes com mieloma múltiplo através do estudo do conteúdo de vesículas extracelulares (EVs) isoladas de amostras de sangue periférico de doentes, tanto no diagnóstico como na remissão.

Esta monitorização minimamente invasiva e sequencial da DRM representa uma “promissora e potencial alternativa aos métodos convencionais, sendo que poderia permitir uma monitorização mais frequente da DRM ao longo do tratamento desta neoplasia hematológica, reduzindo a necessidade de procedimentos invasivos, como as biópsias da medula óssea”, refere, citado pelo portal da UP, sublinha Rui Bergantim.

O investigador declarou ainda que o objetivo final da investigação “é traduzir estes avanços na prática clínica, com melhor acompanhamento dos doentes através de uma ferramenta mais eficaz e minimamente invasiva para avaliação de prognóstico nos doentes com mieloma múltiplo”.

 

Cancer Drug Resistance

O projeto de Rui Bergantim foi desenvolvido no grupo do i3S ‘Cancer Drug Resistance‘, liderado pela investigadora Helena Vasconcelos, que é também professora associada da Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP), e que coorientou o trabalho juntamente com José Eduardo Guimarães, professor catedrático jubilado da FMUP.