Investigações sobre Alzheimer e lesões cerebrais vencem Prémios Santa Casa 03 de Dezembro de 2015 Estudar o potencial da retina como espelho das alterações cerebrais na doença de Alzheimer através de um modelo animal e humano, e o desenvolvimento de uma nova estratégia terapêutica para melhorar a recuperação de lesões medulares são os objetivos dos dois projetos vencedores dos Prémios Santa Casa Neurociências 2015, anunciados ontem em Lisboa, pelo provedor da SCML, Pedro Santana Lopes. O Prémio Melo e Castro 2015 foi entregue a Ana Pêgo (investigadora responsável) e à sua equipa do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica, pelo projeto “COMBINE – Estratégia regenerativa combinatória para potenciar a regeneração axonal e melhorar a recuperação funcional depois de lesão medular” O investigador António Ambrósio e a sua equipa, da Universidade de Coimbra, foram distinguidos com o Prémio Mantero Belard 2015, pelo projeto sobre “Alterações cerebrais na doença de Alzheimer: a retina como um espelho do início e progressão da doença?” «Estas bolsas pretendem dar força ao trabalho da investigação nacional a par do trabalho feito no dia-a-dia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O desafio agora é associar a investigação a outras forças de atividade. A Santa Casa continua a investir nesta área. Estamos a iniciar a construção de residências assistidas para pessoas com deficiência no Centro de Alcoitão para o apoio à integração, bem como a criação de um laboratório de investigação também neste centro» afirma o provedor da SCML, em comunicado. Atribuídos pelo terceiro ano consecutivo, os Prémios Santa Casa Neurociências voltam a apostar na investigação científica nacional. Os dois galardões, de 200 mil euros cada, surgiram em 2013, por iniciativa do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para promover avanços nos cuidados de saúde em áreas prioritárias da instituição e para a sociedade atual: o Prémio Melo e Castro, para a recuperação e tratamento de lesões vertebro-medulares, território em que Santa Casa foi já pioneira no país, em 1966, com a abertura do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão; e o Prémio Mantero Belard, para o tratamento de doenças neurodegenerativas associadas ao envelhecimento. Os grandes vencedores foram escolhidos por um júri presidido por Catarina Resende Oliveira, da Universidade de Coimbra, num concurso que reuniu 202 investigadores de diversas nacionalidades. Do júri deste ano fizeram também parte Alexandre de Mendonça (Sociedade Portuguesa de Neurologia), Catarina Aguiar Branco (Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação), José Ferro (Universidade de Lisboa), Nuno Sousa (Sociedade Portuguesa de Neurociências), e Maria João Saraiva (Universidade do Porto). O júri integra também elementos internacionais de renome, como George Perry (College of Sciences, Univ. Texas), Grégoire Courtine (Swiss Federal Institute of Technologye) e Thomas Gasser (EU Joint Programme – Neurodegenerative Diseases Research). Os Prémios Santa Casa Neurociências têm como parceiros científicos a Universidade de Lisboa, a Universidade do Porto e a Universidade de Coimbra, bem como a Sociedade Portuguesa de Neurociências, a Sociedade Portuguesa de Neurologia e a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação. |