Investigador do i3S vence Prémio da AstraZeneca para combater a leucemia 107

Encontrar novas terapias para a leucemia mieloide aguda (LMA) é o objetivo do projeto vencedor do Prémio FAZ Ciência, atribuído pela Fundação AstraZeneca, liderado pelo investigador Delfim Duarte, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

O projeto ‘Desvendar o microambiente imunitário e estromal da leucemia mieloide aguda com mutação TP53’ tem como meta “mapear e manipular, com engenharia genética e fármacos, o microambiente da medula óssea que interage com células de leucemia mielóide aguda (LMA) de um subtipo genético – uma mutação do gene TP53 – que é particularmente agressivo e responde mal aos tratamentos existentes, a LMA com mutação do TP53”, explicou Delfim Duarte, ao portal da Universidade do Porto (UP).

Ao desvendar os mecanismos da LMA com esta mutação, “o nosso propósito é desenvolver novas terapêuticas”. Para tal, acrescenta o investigador, “iremos utilizar modelos animais inovadores que possibilitam a marcação do microambiente maligno e técnicas de sequenciação e imagiologia”.

A LMA é responsável por cerca de 60% das mortes por leucemia, afetando anualmente 15 adultos em cada 100 mil pessoas e tem uma sobrevida baixa.

 

Trabalho reconhecido pela EHA

Delfim Duarte foi também distinguido com uma das três Bolsas de Investigação para Médicos Cientistas atribuídas este ano pela European Hematology Association (EHA).

No valor de 240 mil euros, e com uma duração de três anos, este financiamento, ainda de acordo com o portal da UP, permitirá ao investigador estudar o papel do ferro no processo da formação e diferenciação anormal das células de sangue (hematopoiese clonal), que aumenta o risco de desenvolvimento da leucemia mieloide aguda.