Investigador do Porto distinguido com prémio europeu de 100 mil euros 13 de Outubro de 2015 O investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto Helder Maiato é o vencedor da edição deste ano do prémio que distingue «o melhor entre os melhores da investigação europeia», foi hoje anunciado.
Em comunicado, o IBMC refere tratar-se do “Louis-Jeantet Young Investigator Career Award (YICA)”, no valor de cerca de 100 mil euros, atribuído pela Fundação Louis-Jeantet, sediada em Genebra.
Com o prémio, instituído em 2011, a fundação tem «o objetivo de encorajar e apoiar os melhores talentos jovens a trabalhar em investigação biomédica na Europa. Para premiar, escolhe anualmente um dos que conquistaram uma ERC Starting Grant, as bolsas milionárias do European Reasearch Council, e cujo projeto está a chegar ao fim com sucesso», esclarece o IBMC.
Helder Maiato estuda a divisão celular, em particular das forças responsáveis pelo movimento dos cromossomas durante esse processo.
«Durante muitos anos deu-se apenas atenção às relações e componentes bioquímicos que condicionam a divisão das células, mas nós retomámos a ideia de que a física e as forças desempenham um papel igualmente importante no processo de divisão», explica o investigador, citado pela “Lusa”.
Perceber como as células se dividem, como é que podem ocorrer erros, ou como as células ultrapassam esta fase de forma fidedigna tem-se revelado fundamental para entender inúmeras doenças, nomeadamente o cancro.
Em 2010, Helder Maiato foi um dos contemplados com uma ERC Starting Grant, uma bolsa atribuída pelo Conselho Europeu para a Investigação para financiar os melhores projetos e ideias de investigação europeia.
Helder Maiato conta também no seu curriculum com o Prémio da Sociedade Portuguesa de Genética Humana, o prémio “Estímulo à Investigação”, da Fundação Calouste Gulbenkian, o prémio Crioestaminal, e muito recentemente o FLAD Life Science 2015, entre outros reconhecimentos.
A atribuição do prémio, 100.000 francos suíços (cerca de 91.508 euros) para investigação e 10.000 (cerca de 9.150 euros) para gastos pessoais, já veio em 2014 para Portugal. Nesse ano foi Rui Costa, investigador da Fundação Champalimaud e antigo estudante do GABBA, Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada da Universidade do Porto, quem recebeu a distinção. |