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Investigadores conseguem calcular risco genético de desenvolver Alzheimer

 


22 de março de 2017

Investigadores internacionais revelaram ontem que encontraram uma forma de avaliar o risco genético de uma pessoa desenvolver a doença de Alzheimer numa certa idade, o que pode facilitar o diagnóstico e tratamento.

O estudo, divulgado na revista “PLOS Medicine”, foi baseado em informação genética de mais de 70 mil doentes com Alzheimer e idosos sem esta doença, que participaram em vários estudos sobre demência.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando cerca de 47 milhões de pessoas em todo o mundo, e não tem cura ou tratamento efetivo.

A maior parte das pessoas começa a exibir sintomas no início dos 60 anos, mas em casos excecionais estes começam a aparecer tão cedo quanto os 30 anos.

«Para qualquer pessoa, com uma certa idade e informação genética, podemos calcular o risco ‘anualizado’ de desenvolver a doença de Alzheimer», disse o coautor Rahul Desikan, instrutor clínico no Departamento de Radiologia e Imagiologia Biomédica da Universidade da Califórnia em São Francisco, citado pela “Lusa”.

«Isto é, se você agora não tem demência, (somos capazes de quantificar) qual é o seu risco, baseado na sua idade e informação genética», adiantou.

É ainda necessária mais investigação antes de o teste ficar disponível para o público.

Os investigadores salientaram também que as suas bases de dados incluem principalmente pessoas de ascendência europeia, pelo que as suas previsões perdem acuidade quando se trata de calcular o risco de Alzheimer em outros grupos étnicos, como os afro-americanos ou latinos.