Investigadores criam nanovacina contra diferentes cancros 439

 


26 de abril de 2017

Investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nanovacina (vacina administrada através de partículas microscópicas) contra diferentes cancros, como o da pele, do cólon e do reto, numa experiência com ratos, revela um estudo publicado na segunda-feira.

As nanovacinas consistem em proteínas do tumor que podem ser reconhecidas pelo sistema imunitário e que estão no interior de uma nanopartícula de polímero sintético.

As minúsculas partículas são direcionadas para o alvo, estimulando o sistema imunitário a desencadear uma resposta contra agentes agressores como tumores. A ideia é ajudar o organismo a combater o cancro com a suas próprias defesas.

No estudo, publicado na edição digital da revista “Nature Nanotechnology”, e divulgado num comunicado da universidade norte-americana, os cientistas examinaram uma variedade de tumores associados aos cancros da pele, do cólon, do reto, do útero, da cabeça e do pescoço.

Na maioria dos casos, a nanovacina abrandou o crescimento do tumor e prolongou a vida dos animais.

A nanovacina experimental ativou a proteína adaptadora STING, permitindo a estimulação da defesa imunitária do organismo dos roedores contra o cancro.

Outras tecnologias de produção de vacinas têm sido usadas na imunoterapia contra cancros, mas têm custos de produção mais elevados e são mais complexas, por implicarem bactérias vivas ou múltiplos estimulantes biológicos, assinala a Universidade do Texas.

A equipa de cientistas está a trabalhar com médicos para administrar a nanovacina a doentes oncológicos.

Segundo os investigadores, a combinação de nanovacinas com radioterapia ou outras imunoterapias pode aumentar, no futuro, a eficácia dos tratamentos contra o cancro, avançou a “Lusa”.