26 de abril de 2017 Investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nanovacina (vacina administrada através de partículas microscópicas) contra diferentes cancros, como o da pele, do cólon e do reto, numa experiência com ratos, revela um estudo publicado na segunda-feira. As nanovacinas consistem em proteínas do tumor que podem ser reconhecidas pelo sistema imunitário e que estão no interior de uma nanopartícula de polímero sintético. As minúsculas partículas são direcionadas para o alvo, estimulando o sistema imunitário a desencadear uma resposta contra agentes agressores como tumores. A ideia é ajudar o organismo a combater o cancro com a suas próprias defesas. No estudo, publicado na edição digital da revista “Nature Nanotechnology”, e divulgado num comunicado da universidade norte-americana, os cientistas examinaram uma variedade de tumores associados aos cancros da pele, do cólon, do reto, do útero, da cabeça e do pescoço. Na maioria dos casos, a nanovacina abrandou o crescimento do tumor e prolongou a vida dos animais. A nanovacina experimental ativou a proteína adaptadora STING, permitindo a estimulação da defesa imunitária do organismo dos roedores contra o cancro. Outras tecnologias de produção de vacinas têm sido usadas na imunoterapia contra cancros, mas têm custos de produção mais elevados e são mais complexas, por implicarem bactérias vivas ou múltiplos estimulantes biológicos, assinala a Universidade do Texas. A equipa de cientistas está a trabalhar com médicos para administrar a nanovacina a doentes oncológicos. Segundo os investigadores, a combinação de nanovacinas com radioterapia ou outras imunoterapias pode aumentar, no futuro, a eficácia dos tratamentos contra o cancro, avançou a “Lusa”. |