Investigadores criam terapia para potenciar regeneração do sistema nervoso
21 de junho de 2017 Um grupo de nvestigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) está a desenvolver uma terapia para potenciar a regeneração do sistema nervoso após lesão ou doença, através de uma proteína que regula o esqueleto celular. «Lesões na espinal medula afetam mais de 200 mil pacientes por ano à escala mundial», disseram à “Lusa” os responsáveis pelo PROREGEN, indicando que, apesar do «progresso considerável» no que respeita aos procedimentos médicos, cirúrgicos e de reabilitação, «não existem tratamentos eficazes para a recuperação neurológica». Nesse sentido, consideram «essencial» a identificação de terapias que promovam recrescimento do axónio (prolongamento do neurónio que estabelece a sua ligação a uma célula-alvo) e a reparação da medula, atuando em lesões do sistema nervoso e em doenças neurodegenerativas. O objetivo é avaliar in vivo (em ratos com lesão do nervo ciático ou com lesão medular) o potencial regenerativo da Profilin-1 (Pfn1), uma proteína que regula a dinâmica do esqueleto celular, ativa após lesão, etapa que terá início brevemente. De acordo com os investigadores, resultados in vitro demonstram já que a Pfn1 é promotora do crescimento do axónio, com efeitos «robustos e surpreendentes». Caso seja bem-sucedido in vivo, esta terapia poderá ainda ter aplicações noutras doenças, nas quais a regeneração é necessária. Este projeto, que está a ser desenvolvido há cerca de quatro anos, surge no âmbito do trabalho do grupo de Regeneração Nervosa do i3S, que utiliza diferentes modelos animais de lesão para identificar mecanismos e moléculas reguladoras do crescimento e regeneração axonal. O PROREGEN foi um dos trabalhos apoiados pelo RESOLVE, um programa do i3S que apoia a transferência de conhecimento científico e tecnológico de projetos inovadores e promissores, em estágio inicial. |