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Investigadores da maioria das áreas produzem abaixo da média europeia

07 de Janeiro de 2016

Os investigadores das áreas da saúde e engenharias são dos que mais produzem artigos em Portugal, embora a publicação de artigos científicos continue abaixo da média europeia na maioria das áreas, de acordo com dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

A produção científica em Portugal triplicou em apenas uma década: no quadriénio 1999/2003 foram publicados 18.257 artigos, já entre 2009 e 2013 as revistas científicas de referência internacional publicaram 54.151 trabalhos com participação portuguesa.

No entanto, a produção nacional continua abaixo da média da União Europeia em 15 das 22 áreas de conhecimento, segundo uma análise feita pela “Lusa” aos dados agora disponibilizados no site da DGEEC.

Desde Psicologia e Psiquiatria até Matemática e Ecologia e Ambiente, a maioria das áreas de estudo produz uma quantidade de artigos inferior à média europeia.

Apenas as áreas da Neurociência e Comportamento, Ciências Espaciais, Ciências Agrícolas, Engenharia, Imunologia, Física e Multidisciplinaridade estão acima da média europeia, segundo uma análise feita pela “Lusa”.

Olhando para as sete grande áreas científicas, os investigadores das Ciências Médicas e da Saúde foram quem mais produziu em 2013, com 6.209 artigos, seguindo-se as Ciências Exatas, responsáveis por 5.520 artigos, e as Ciências da Engenharia e Tecnologias com 4.859 artigos em 2013.

Entre as 22 áreas de conhecimento, os investigadores de Química foram quem mais produziu entre 2009 e 2013 com 6.958 artigos publicados, seguindo-se os trabalhos na área de Medicina Clinica (6.489 artigos), Física (4.753), Engenharia (4.655) e Ciências Naturais (3.972).

Por outro lado, Imunologia e Microbiologia são as áreas com menos produção científica (com 682 e 901 artigos respetivamente) registada entre 2009 e 2013.

Apesar da baixa produção de artigos, os investigadores da área da Imunologia destacam-se por estarem entre os que conseguem ter mais artigos citados (81,23%).

Também com grande percentagem de artigos citados, surgem os autores das áreas de Genética e Biologia Molecular (78,94%), Neurociência (78,11%) ou das Ciências Espaciais (83,53%).

Em contrapartida, os investigadores das Humanidades foram quem menos produziu (396 artigos), seguindo-se os das Ciências Agrárias (934 publicações).

No entanto, as Humanidades estão entre as que registaram maiores aumentos desde a viragem do século: entre 2001 e 2013, a taxa de crescimento médio anual das publicações na área das Humanidades aumentou 19%.