Investigadores da UA desenvolvem cápsulas bioativas 327

Créditos: Portal Universidade Aveiro

O grupo de investigação do Departamento de Química da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu sistemas tridimensionais de encapsulamento celular revestidos por uma membrana intrinsecamente bioativa, derivada de proteínas que compõem a membrana basal dos tecidos nativos.

O grupo de investigação, do qual fazem parte João Mano, professor e vice-diretor do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, Catarina Passos, aluna de doutoramento da UA, e a investigadora Sónia Patrício, sublinhou, segundo noticiado no portal da UA,  as potencialidades desta tecnologia: “Estas microcápsulas são revestidas por nanocamadas de proteínas presentes nas membranas basais que suportam ou circundam muitos dos tecidos corporais, conferindo-lhes propriedades bioquímicas e biofísicas fisiologicamente relevantes para encapsulamento de células, fármacos e outros compostos bioativos e posterior aplicação em engenharia de tecidos e medicina regenerativa como biomateriais pro-angiogénicos injetáveis, dispositivos para rastreio de fármacos bem como plataformas de modelos de doenças”.

As cápsulas, ainda de acordo com o portal da UA, são constituídas por “proteínas constituintes das membranas basais nativas, pelo que representam um microambiente apropriado para regular as funções celulares ex-vivo e in-vitro, enquanto preservam as vantagens das microcápsulas convencionais, nomeadamente, resistência mecânica, funções de compartimentalização celular e permeabilidade a moléculas essenciais”.

A UA já submeteu o pedido nacional de patente para proteção desta tecnologia.