Uma parceria entre o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra e o Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) desenvolve um projeto com o intuito de encontrar um biomarcador para a apneia do sono, ao mesmo tempo que estuda a relação entre esta condição e o envelhecimento.
Cláudia Cavadas, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), da Universidade de Coimbra afirma, num comunicado enviado pela INOV C 2020 defende que «o Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) constitui uma das perturbações do sono mais comuns, tendo como consequências uma sonolência diurna elevada, que diminui o bem-estar, e o aparecimento de doenças crónicas como diabetes, doenças cardiovasculares e demência. Estima-se que 80-90% dos casos de SAOS não tenham sido ainda diagnosticados, e, como tal, não estejam a ser devidamente acompanhados e tratados».
No momento, o diagnóstico da doença procura um estudo cardiorrespiratório domiciliário ou através da polissonografia, um estudo mais completo executado em contexto hospitalar. No entanto, encontram-se «muitos doentes de fronteira, em que nem o diagnóstico clínico nem a polissonografia dão uma resposta clara, pelo que o biomarcador será “importante” para confirmar e antecipar o diagnóstico», faz notar Ana Rita Álvaro.
O projeto INOV C 2020 atribuiu em 2018 duas Bolsas de Prova de Conceito a inovadores projetos nacionais de investigação científica. As Bolsas de Prova de Conceito pretendem incentivar os impulsionadores dos projetos de Investigação & Desenvolvimento a explorar o potencial comercial dos mesmos. Destacam-se os resultados científicos que possam ser objeto de licenciamento ou de constituição de uma spin-off de base tecnológica num prazo de 1 ou 2 anos. Na seleção dos projetos, o INOV C 2020 teve em consideração o grau de inovação tecnológica e o potencial comercial das propostas, com objetivo da validação de conceitos teóricos, através de testes e protótipos, que possam elevar as tecnologias para os níveis 4 e 5 na escala “Technology Readiness Levels”.