Investigadores de Coimbra criam método inovador que facilita diagnóstico de tumores 27 de Outubro de 2016 A Universidade de Coimbra (UC) integra um consórcio internacional, com um financiamento europeu de 1,7 milhões de euros, para uniformizar práticas na área da oncologia, no âmbito do projeto Onconet-Sudoe, anunciou hoje a instituição. A empresa portuguesa ResearchTrial, de Óbidos, faz igualmente parte do Onconet-Sudoe, projeto europeu criado para estudar as políticas adotadas em Portugal, Espanha e França na área da oncologia. O financiamento comunitário de 1,7 milhões de euros, recentemente aprovado, foi atribuído através do programa de cooperação Interreg Sudoeste Europeu. Liderado pela Universidade Toulouse III Paul Sabatier (França), o Onconet-Sudoe pretende “estabelecer uma rede de excelência no que diz respeito à prevenção, diagnóstico, terapia e utilização das tecnologias de informação na área da oncologia”, afirma uma nota da UC hoje enviada à agência “Lusa”. «Vários países europeus têm vindo a adotar planos nacionais de prevenção e de controlo de doenças oncológicas com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de incidência e de mortalidade do cancro», refere. O projeto Onconet, criado para estudar as políticas adotadas em Portugal, em Espanha e em França, visa «analisar as ações desenvolvidas no domínio da prevenção, diagnóstico, terapêutica e utilização das tecnologias de informação na gestão de doentes com cancro». Esta abordagem poderá levar à partilha de meios e à uniformização de práticas profissionais na área da oncologia, acreditam os responsáveis pelo projeto. A equipa da UC, constituída por investigadores das faculdades de Direito e de Medicina, estudará “as políticas e práticas profissionais adotadas em Portugal, no âmbito da prevenção, diagnóstico e terapêutica de doentes com cancro”, e avaliará “as questões éticas e sociais associadas à implementação de novas tecnologias da informação”. Entre os aspetos inovadores do projeto, a UC destaca, designadamente, a avaliação do impacto da investigação translacional na evolução das práticas clínicas («investigação, tratamento, cuidados primários e cuidados continuados»), o estabelecimento de «condições médicas e económicas necessárias para garantir a igualdade de assistência ao doente» e «a igualdade de acesso à inovação terapêutica». Os especialistas esperam também «fomentar uma reflexão ética e transversal», que permita avaliar a medida em que as políticas públicas na luta contra o cancro podem “conciliar os recursos coletivos e a justiça social”. Da equipa do projeto fazem parte os investigadores Maria Filomena Botelho, Ana Margarida Abrantes, Ana Salomé Pires, Mafalda Laranjo, André Pereira, Ana Elisabete Ferreira e Carla Barbosa, da UC, e Ana Catarina Mamede, da Research Trial. Para além das universidades de Coimbra e de Toulouse e da Research Trial, estão também envolvidas no projeto as fundações Miguel Servet, Centro Nacional de Investigação Oncológica, Parque Tecnológico de Ciências da Saúde de Granada e Investigação Biossanitária de Andaluzia Oriental, de Espanha, entre outras entidades. |