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Investigadores de Coimbra identificam enzima que combate febre da carraça

01 de Setembro de 2014

Investigadores da Universidade de Coimbra (UC) identificaram uma nova enzima que poderá ser utilizada em estratégias terapêuticas contra a febre da carraça e do tifo epidémico, anunciou hoje a instituição.

A UC revela, em nota hoje divulgada, que a equipa internacional responsável pelo projeto é liderada pela investigadora Isaura Simões, do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC e do Biocant.

A investigação, iniciada em 2010, foi financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e envolveu a participação de cinco investigadores estrangeiros de três grupos de investigação distintos, explica.

Segundo a UC, a bactéria responsável pela febre da carraça e pelo tifo epidémico, de seu nome Rickettsia, «transmite-se através de piolhos, carraças e pulgas e não possui atualmente nenhuma vacina protetora».

«A descoberta, publicada na revista científica internacional “PLoS Pathogens”, descreve uma nova enzima dessa bactéria, semelhante àquela presente no VIH-1, sendo também controlável por medicamentos utilizados no tratamento da sida», acrescenta.

Isaura Simões, citada na nota da UC, refere que os investigadores demonstraram «de forma inequívoca a presença de um tipo específico de enzima na bactéria Rickettsia».

«Ao explorar as suas potenciais funções biológicas, os nossos resultados apontam para a participação da enzima num mecanismo relevante para a virulência destes microrganismos, reforçando a importância desta nova enzima como potencial alvo para o desenvolvimento de novas terapêuticas contra infeções provocadas por Rickettsia», explica, citado pela “Lusa”.

O CNC é um laboratório responsável pela investigação nas áreas da biomedicina e da biotecnologia, na formação universitária de novos investigadores, e criação de ações de comunicação de ciência junto das comunidades através do Programa Ciência e Sociedade.

Já o Biocant disponibiliza serviços inovadores de biotecnologia com relevância para as Ciências da Vida e impulsiona a transferência de tecnologia entre os centros de investigação fundamental de reconhecido mérito e as empresas do setor da biotecnologia, segundo a UC.