Investigadores demonstram forma de evoluir de gene que resiste a antibióticos
24 de abril de 2017 Investigadores portugueses demonstraram a forma de evoluir do gene que permite às bactérias resistirem aos medicamentos, segundo um estudo hoje publicado na revista científica “PLOS Genetics”. O trabalho, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier, da Universidade Nova, mostra como o gene evoluiu, os mecanismos envolvidos e o número de vezes que a resistência emergiu de forma independente, explica o organismo num comunicado, citado pela “Lusa”. O Instituto lembra a capacidade de as bactérias se tornarem resistentes aos antibióticos, o que acontece pela aquisição de um gene, o mecA, que evoluiu de um gene inofensivo e «cuja presença permite às bactérias continuarem a multiplicar-se mesmo na presença deste antibiótico». O trabalho «demonstra que o uso de antibióticos no tratamento de infeções e como aditivos na alimentação de animais de produção para consumo humano» foi o que mais contribuiu «para a evolução do gene inofensivo para a versão que permite resistir aos antibióticos». «O objetivo deste estudo foi o de identificar os passos do processo de evolução que permitiram que um gene inofensivo em bactérias as tornasse resistentes aos antibióticos da família das penicilinas», disse Maria Miragaia, a investigadora responsável pelo projeto e que, citada no comunicado, sublinha a importância do controlo no uso de antibióticos para limitar e prevenir novos genes de resistência. O trabalho foi feito em colaboração entre a Nova e instituições suíças, dinamarquesas, inglesas e norte-americanas. |