Investigadores norte-americanos e ingleses curam cegueira hereditária
05 de setembro de 2018 Uma equipa de sete investigadores conseguiu curar um tipo de cegueira hereditária, através da primeira terapia genética do mundo. Esta descoberta, que valeu à equipa o Prémio Champalimaud de Visão, «é um passo fundamental para tratar outros tipos de cegueiras e outras doenças genéticas», avançam os investigadores. «O que nós fizemos foi pegar numa cópia do gene e colocar no sítio onde estava o [gene] doente, permitindo que as células funcionassem normalmente», explicou Jean Bennet, membro da investigação à agência “Lusa”, referindo ainda tratar-se de uma terapia «muito simples», mas que requer «muitos passos». Neste processo, foi utilizado «um vírus que não causa nenhuma doença para levar o gene normal às células nervosas». Um passo muito importante para os investigadores, uma vez que «vai ajudar as pessoas com esta doença em particular, mas também porque é um passo fundamental para tratar outros tipos de cegueira e outras doenças genéticas». Com este avanço, as pessoas que nascem sem visão «passam a conseguir andar de bicicleta, andar sozinhas na rua, sair à noite, coisas que não podiam fazer anteriormente», garante Jean Bennet. O tratamento está a ser implementado em seis centros de excelência, nos Estados Unidos e os investigadores esperam que «esteja disponível na Europa em breve e no resto do mundo, assim que os organismos reguladores o aprovarem». |