Investigadores realizam nova técnica para melhorar reprodução assistida
31-Mar-2014
Uma equipa internacional de investigadores provou em pacientes uma nova técnica que melhora os resultados da reprodução assistida, eliminando os embriões «geneticamente não normais» antes de transferência para o útero dos cromossomas.
A investigação realizada em 43 mulheres, publicados na revista “BioMed Research International”, consiste na análise genética dos 23 cromossomas do embrião antes de o transferir para o útero, reduzindo os fracassos, «uma vez que a transferência de um só embrião geneticamente normal é suficiente».
Com recurso à nova técnica, 68% das mulheres participantes na investigação que praticaram a inseminação in vitro engravidaram.
Anteriormente, sem esta técnica, as mulheres sofreram três ou mais fracassos em anteriores tentativas.
O diretor da Clínica MARGen de Granada, Jan Tesarik, explicou à “EFE” que, no geral, as mulheres acumulam nos ovários anomalias cromossomáticas, citou a “Lusa”.
O estudo genético pré-implantação dos embriões permitirá descartar aqueles que não são «geneticamente não normais», adiantou o clínico, que integra a equipa de investigadores.
No presente, usa-se na maioria dos casos a técnico in situ, que, por norma, analisa de três a sete cromossomas diferentes.
Tesarik referiu que o genoma humano está formado por 23 pares de cromossomas e sublinhou que «as anomalias podem estar em qualquer deles».
Dos embriões analisados com este novo método, 46% resultaram geneticamente normais, apenas em duas pacientes nenhum embrião era normal.
«À parte do seu indiscutível interesse clínico, este trabalho abre um debate sobre a regulação e legislação que respeita à aplicação de análises genéticas na reprodução assistida. Parece-me razoável aplicar esta técnica em todos os casos in vitro, para evitar o sofrimento inútil das mulheres depois de um fracasso», sustentou.