IPO do Porto anuncia investimento de 7,7 milhões 02 de Abril de 2015 O Instituto Português de Oncologia anunciou hoje que em 2015 prevê realizar investimentos de cerca de 7,7 milhões de euros, o que inclui a aquisição de um «inovador acelerador linear», no valor de cinco milhões de euros. Em comunicado, o Conselho de Administração do IPO do Porto refere que este equipamento «vai permitir tratamentos muito diferenciados» dos doentes oncológicos. «Com estes investimentos, o IPO-Porto mantém a sua reputação como instituição de referência na prestação de serviços de saúde na área da oncologia, continuando com sucesso a sua missão de proporcionar aos doentes os melhores tratamentos no presente e manter esperança no futuro», esclarece a instituição, na nota citada pela “Lusa”. O IPO-Porto refere ainda que em 2014 realizou um total de investimentos que rondou 1,5 milhões de euros. Tal como em 2014, em 2015 irá apostar nos seus «três eixos estratégicos» que são a atividade centrada no doente, a investigação & desenvolvimento e a formação e ensino. Recentemente, questionado sobre a falta de camas nos institutos de oncologia, nomeadamente no do Porto, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou que «no IPO do Porto, as prioridades apresentadas foram a instalação do acelerador linear e a organização do ambulatório», referindo ainda investimentos em sistemas informáticos. O ministro da Saúde não negou que os três institutos portugueses de oncologia (IPO) do país tenham falta de camas perante o aumento do número de casos oncológicos. Paulo Macedo, em reação a uma notícia que dava conta de adiamentos de cirurgias no IPO do Porto por falta de camas, garantiu que a tutela tem respondido aos pedidos das instituições, mas que foram os próprios institutos a definir outras prioridades. Na quarta-feira, no decurso da sua audição na Comissão Parlamentar da Saúde, o presidente cessante da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), Joaquim Abreu de Sousa, afirmou que «o tratamento dos doentes com cancro em Portugal está no vermelho» ao nível da assistência porque as instituições estão «no limite». Joaquim Abreu de Sousa, até há poucas semanas presidente da SPO, afirmou em março que foram adiadas cirurgias oncológicas devido à falta de camas. «A sociedade tem de decidir se este é ou não um assunto prioritário, se a principal causa de morte em Portugal deve merecer mais verbas ou não», afirmou o oncologista e diretor do serviço de cirurgia do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. |