IPO: Novos medicamentos muito caros nem sempre significam ganhos efetivos para os doentes 523

16 de Agosto de 2016

O presidente do conselho de administração do IPO de Lisboa avançou, numa entrevista ao “Público”, que os novos medicamentos muito caros que são lançados no mercado nem sempre são vantajosos para os doentes: «nalguns casos traduzem-se em ganhos efetivos para as pessoas, noutros casos nem tanto».

No entender de Francisco Ramos é necessário «trabalhar muito para sermos capazes de tomar decisões informadas e acertadas», visto que muitas vezes é «difícil» distinguir, por exemplo, vantagens entre um medicamento que «prolonga a vida por mais seis meses e outro por mais um mês e meio».

Em relação à Indústria Farmacêutica, o dirigente reconheceu tratar-se de um setor com um papel muito importante na descoberta de novos medicamentos, mas que por outro lado está «quase que a utilizar uma posição abusiva de mercado para reter todos os benefícios dessa inovação, em vez de os repartir».