IPO/Porto fez mais de dois mil transplantes de medula óssea em 25 anos 04 de setembro de 2014 O Serviço de Transplantação de Medula Óssea (STMO) do Instituto Português de Oncologia do Porto assinala na sexta-feira os 25 anos do primeiro transplante, realizado num doente que ainda está vivo, disse hoje à “Lusa” fonte da instituição. Este serviço completou recentemente dois mil transplantes, com uma taxa de sucesso que ronda os 90%. Segundo o diretor do STMO do IPO/Porto, António Campos Júnior, este serviço, inaugurado a 12 de outubro de 1988, é reconhecido como «um dos melhores serviços de transplantação de medula óssea a nível internacional», posicionando-se no 33.º lugar num ranking mundial composto por 600 unidades, e «o melhor a nível nacional», efetuando de forma consolidada, «mais de 150 procedimentos por ano». O STMO do IPO-Porto é responsável por cerca de «50% dos alotransplantes feitos em Portugal», ou seja transplantes em que dador e recetor são distintos, disse. Salientou, ainda, que 25% dos transplantes são realizados em crianças e que uma parte significativa é feita com recurso a dadores não familiares e a sangue de cordão umbilical. Atualmente, segundo Campos Júnior, «cerca de 50% dos transplantes alogénicos são feitos com recurso a dadores de registo». O STMO é membro ativo das duas principais organizações internacionais ligadas a esta área da medicina: o European Group for Blood and Marrow Transplantation e o Center for International Blood and Marrow Transplant Research, que o colocam no 33º lugar no ranking mundial composto por 600 unidades de transplante. «Esta classificação é feita de acordo com vários critérios, um deles é o número de transplantes. Para estar nos 200 primeiros tem de fazer mais de 100 transplantes, nenhuma das outras unidades portuguesas o faz», sustentou Campos Júnior. A sessão comemorativa dos 25 anos do primeiro transplante realizado pelo STMO do IPO/Porto será presidida pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Leal da Costa. O painel de oradores integra ainda a Coordenadora Nacional de Transplantação, Ana França, o presidente do Conselho de Administração do IPO-Porto, Laranja Pontes, a diretora clínica, Rosa Begonha, e o diretor do STMO, Campos Júnior. Para o presidente do IPO-Porto, Laranja Pontes, «os 25 anos de atividade decorridos desde o primeiro transplante de medula óssea na instituição refletem a crescente evolução do STMO e o seu forte contributo para os tratamentos nesta área e para o sucesso do Serviço Nacional de Saúde que está a comemorar este ano os seus 35 anos». |