IPST apto a disponibilizar medicamentos provenientes do fracionamento de plasma português 156

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) está apto a disponibilizar, desde ontem, aos hospitais portugueses medicamentos, produzidos pela Kedrion, provenientes do fracionamento do plasma português, resultante das dádivas de sangue de dadores benévolos.

A disponibilização destes medicamentos dá continuidade, como explicado em comunicado, ao cumprimento de um dos objetivos do plano estratégico do IPST (2020-2022 e 2024-2026) que visa contribuir para a autossuficiência do país em alguns derivados do plasma.

Assim sendo, na sequência de um concurso público internacional, lançado em 2021, a Kedrion Biopharma foi a empresa adjudicatária para o fracionamento do plasma nacional, sendo que as soluções terapêuticas, que advém deste procedimento concursal, “resultam nos medicamentos Albumina, Imunoglobulina Humana Normal e Fator VIII da Coagulação que tratam uma grande variedade de doenças, congénitas e adquiridas, e em muitos casos salvam o doente em risco de vida”.

“É com grande satisfação que o IPST, IP, após vários esforços e de trabalho estreito, quer com os serviços de sangue hospitalares participantes no concurso, quer com a Kedrion, empresa adjudicatária do concurso público plurianual 2021/2024, pode agora dar continuidade ao processo de entrega destes medicamentos aos hospitais que deles necessitem, contribuindo para a sucessiva e tendencial redução da dependência de importação, de acordo com o Programa Estratégico Nacional”, sublinha o Conselho Diretivo do IPST, no comunicado, acrescentando que “o aproveitamento de plasma português permite produzir medicamentos que, em muitos casos, salvam vidas e tratam milhares de pessoas que sofrem de doenças graves. Este ciclo permite gerar uma poupança para o país, o que por sua vez contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde”.

 

60 mil litros de plasma

Estes medicamentos foram produzidos a partir de 60.000 litros de plasma recolhidos em Portugal ao longo de 2023. Este, ainda segundo o comunicado referido, foi o maior envio de plasma português para a indústria farmacêutica, contribuindo desta forma para a redução da despesa nacional com medicamentos derivados do plasma de grande consumo hospitalar, gerando uma poupança nacional representada pelo valor da matéria-prima (plasma nacional).