Isabel II: O patronato de 70 anos na Royal Pharmaceutical Society 735

Com a morte do seu pai, o rei Jorge VI, em 1952, Isabel II assumiu o trono do Reino Unido, tal como o patronato da Pharmaceutical Society, organismo responsável pela liderança e suporte farmacêutico na Grã-Bretanha.

Os 70 anos de reinado e a relação entre a rainha e a farmácia são relembrados pelo The Pharmaceutical Journal, o meio oficial da entidade que em junho de 1952 citava o comunicado do então Keeper of the Privy Purse (responsável pela gestão financeira da Casa Real): “A Sua Majestade a rainha teve o prazer de conceder o seu patronato à Sociedade”.

Dois anos mais tarde, em 1955, o seu marido, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, fez parte da celebração da nova constituição da Sociedade, tornando-se no primeiro Honorary Fellow (título honorífico). Em 1977, a coroa esteve representada na inauguração da nova sede da Sociedade pela mãe de Isabel II, Isabel Bowes-Lyon (rainha-mãe), que segundo o assistente da biblioteca oficial era capaz de reconhecer alguns dos livros da especialidade.

Isabel II na sede da Sociedade, em 1993 / Créditos: Royal Pharmaceutical Society, via Facebook

A denominação “Royal” apenas se juntou à Pharmaceutical Society em 1988. A decisão, concedida por Isabel II, mereceu um “prolongado aplauso” por parte do Encontro Anual da entidade. Mas foi apenas nos anos 90, mais precisamente em 1993, que a rainha se deslocou pessoalmente à sede da Sociedade, em Lambeth.

“Durante muitos anos honrou-nos com o seu continuado patronato e suporte e agora honra cada farmacêutico no país com a sua presença nesta importante ocasião”, diria na altura o então presidente da Royal Pharmaceutical Society, David Coleman, relativamente ao 150.º aniversário da Carta Régia que deu origem à RPS.

Com a pandemia de covid-19, o papel destes profissionais foi destacado pela família real na sua conta oficial no Twitter. Aos farmacêuticos foi prestado tributo pelo seu trabalho em “manter as pessoas saudáveis e seguras, enquanto estão sob grande pressão”. A mensagem termina com um agradecimento por parte da monarquia.

“Agradeço a todos os que servem a Sociedade e também aos seus membros pela sua dedicação aos seus pacientes e pelo seu contributo vital para a saúde da nação durante a pandemia do coronavírus”, escreveu Isabel II, numa carta dirigida à Royal Pharmaceutical Society no ano passado, celebrando o seu 180.º aniversário.

Finalmente, em fevereiro deste ano, por ocasião do jubileu da rainha, o chefe executivo da Sociedade, Paul Bennett, voltou a agradecer o patronato de Isabel II. “A sua morte será profundamente sentida pelos farmacêuticos e por toda a família da Farmácia”, comunicou a Royal Pharmaceutical Society a 8 de setembro.

O funeral da monarca acontece esta segunda-feira no Palácio de Westminster, em Londres, onde o corpo se encontra há quatro dias em câmara-ardente.