J&J Innovative Medicine e IPO Porto realizam estudo de vida real sobre cancro da próstata 56

 A Johnson&Johnson Innovative Medicine celebrou uma parceria com o IPO do Porto para elaborar um estudo de vida real que caracterizasse os doentes com cancro da próstata em estádios mais precoces (localizado e localmente avançado), não-metastáticos.

O estudo PEarlC, realizado pela J&J Innovative Medicine e pelo IPO do Porto, é o primeiro, segundo explicado em comunicado, “que analisa uma cohort real tão abrangente num estadio mais precoce de cancro da próstata em Portugal”.

Após esta análise, que observou 790 doentes com cancro da próstata acompanhados no IPO do Porto, foi possível confirmar que os tratamentos praticados nesta amostra estão de acordo com as recomendações internacionais em vigor, sendo a intervenção mais comumente realizada nos doentes de menor risco é a prostatectomia radical (39%). Já a radioterapia concomitante com hormonoterapia é mais frequente nos restantes doentes

O que se desconhece ainda, e que este estudo também corrobora, é que não se sabe qual o melhor tratamento para estes doentes, nomeadamente os doentes com doença mais agressiva.

“Este estudo pretende colmatar a falta de evidência nacional sobre cancro da próstata precoce, mas sabemos que não podemos ficar por aqui, uma vez que ainda há muito por saber para entender a patologia e melhor servir os doentes.”, afirmou, no comunicado referido, Branca Barata, a diretora de acesso ao mercado da J&J Innovative Medicine.

Após este estudo foi possível aferir que o prognóstico da maioria destes doentes analisados era favorável.

Porém, os doentes com doença de alto risco mostraram piores resultados, nomeadamente a nível da sobrevida a cinco anos (89% vs. 97% nos doentes com menor risco).

 “Espera-se que a inovação terapêutica que surja possa melhorar a sobrevivência livre de metástases, bem como a sobrevivência global destes doentes”, complementou, igualmente em comunicado, Isaac Braga, médico urologista do IPO do Porto e coordenador deste estudo,

Este estudo é da coautoria de Isaac Braga, Salomé Gonçalves-Monteiro, Rita Calisto, Marta Rangel, Eduardo Medeiros, José Luís Cunha, Alina Rosinha, Ângelo Oliveira, Ana Cristina Fialho, Susana Santos, Patrícia Redondo e Maria José Bento.