A Internet está cheia de artigos e vídeos que mostram como estamos a viver uma época de gigantescas mudanças. Não faltam informações, simultaneamente surpreendentes e reveladoras, disso mesmo; como, por exemplo, o facto de um em cada oitos casais dos EUA se terem conhecido através de uma rede social.
Os próprios números de crescimento dos novos meios são alucinantes. Enquanto a Rádio teve de esperar cerca de 40 anos até conseguir ter 50 milhões de utilizadores e a Televisão 13, a Internet demorou apenas 4 anos. Este já seria um número arrasador, mas é preciso lembrar que o Facebook chegou a captar mais de 200 milhões de utilizadores em menos de um ano…
Sim é incontornável que as tecnologias de informação voltaram a provocar uma revolução. E, sim, isso implicou alterações no fenómeno do consumo. Todos já ouvimos que estamos agora perante um consumidor experiente e informado, que tem acesso a uma grande quantidade de informações sobre os produtos e serviços de todos os cantos do planeta, e não só manifesta incompreensão pelas variações de preços em produtos idênticos, como recusa aquilo que considera não possuir qualquer valor acrescentado.
Ou seja, tudo mudou!
Mas também é verdade que, em termos de Negócios e de Comunicação, nada mudou. Nada mudou porque quem quiser ter sucesso continua a ter, acima de tudo, quem perceber as pessoas. “Quem atende alguém tem de olhar pelos olhos desse alguém”, hoje tal como há 100 atrás.
João Barros,
Professor Convidado na Escola Superior de Comunicação Social e
Investigador no Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
