João Brum Silveira é o novo Coordenador Nacional da iniciativa Stent Save a Life (SSL) em Portugal, promovida pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC). Licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, o especialista é cardiologista há mais de 25 anos, sendo também responsável pelo Laboratório de Hemodinâmica do Hospital de Santo António, Centro Hospitalar e Universitário do Porto.
“É com grande orgulho e sentido de responsabilidade que assumo este novo desafio. Portugal tem sido referido como um exemplo europeu na implementação desta iniciativa e assim desejamos continuar. Fruto de um trabalho em equipa, esperamos com a iniciativa Stent Save a Life melhorar a prestação de cuidados médicos ao doente com enfarte e o seu acesso ao tratamento mais adequado”, refere João Brum Silveira.
E acrescenta: “Este ano, os nossos esforços vão concentrar-se na sensibilização do doente para a valorização dos sintomas do enfarte agudo do miocárdio, e no alerta para que na presença desses, liguem de imediato para o número de emergência médica – 112 – para que seja encaminhado para um hospital com capacidades para realizar o tratamento mais adequado, a angioplastia primária dentro do tempo recomendado.”
O enfarte agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, resulta da obstrução de uma das artérias do coração, que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Esta obstrução é habitualmente causada pela formação de um coágulo devido à rotura de uma placa de colesterol. Os sintomas mais comuns, para os quais as pessoas devem estar despertas, são a dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço, acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. Normalmente, os sintomas duram mais de 20 minutos, mas também podem ser intermitentes. Podem ocorrer de forma repentina ou gradualmente, ao longo de vários minutos.
“Não se esqueça, no enfarte agudo do miocárdio cada segundo conta. É importante a precocidade no diagnóstico (valorização dos sintomas) – o que implica um tratamento mais rápido com redução significativa da quantidade de músculo cardíaco “perdido”, o que leva a que os doentes tenham um melhor prognóstico, isto é, que voltem a ter uma vida “normal”, conclui João Brum Silveira.
Sobre a APIC:
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), uma entidade sem fins lucrativos, tem por finalidade o estudo, investigação e promoção de atividades científicas no âmbito dos aspetos médicos, cirúrgicos, tecnológicos e organizacionais da Intervenção Cardiovascular. Para mais informações consulte: www.apic.pt.