Creio ser da praxe que, numa primeira crónica, se diga ao que se vem e porque se vem. O porque se vem é fácil: sentimentos. As publicações que a Hollyfar atualmente edita estão ligadas a uma parte da minha vida enquanto profissional de comunicação. Muito mais importante: há pessoas na Hollyfar que estão ligadas à minha vida pelos laços da amizade. Ora, quando amigos nos pedem para escrever para espaços que ajudámos a nascer não há como dizer que não.
Explicada a razão de porque estou aqui; resta do que vou falar aqui. E isso, aparentemente, resume-se a uma palavra: Publicidade. Reformulo: uma palavra e um sinal de pontuação; que dá pelo nome de ponto de interrogação. Será este o nome desta crónica: “Publicidade com ?”. Publicidade, está bem de ver, porque sobre esse assunto irá tratar este espaço e o “?”, porque – aliás como em todas as ciências sociais – na Publicidade, por muito que o fenómeno seja estudado e analisado, a verdade é que as interrogações são e continuam a ser muitas.
Convém, no entanto, relembrar que as interrogações – que muitos insistem em ver apenas como dúvidas – são, como lembrou um importante pedagogo, uma das principais estradas do saber. Afinal, só quem sabe é que pergunta.
Com uma apresentação tão extensa, fica, naturalmente, a primeira pergunta para a próxima ronda.
João Barros, Professor Convidado na Escola Superior de Comunicação Social e Investigador no Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa