A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) emitiu um comunicado a pronunciar-se sobre o projeto de decreto-lei que define o regime jurídico da Residência Farmacêutica no Boletim do Trabalho e Emprego, na Separata nº 33/2019, de 2 de julho de 2019, no âmbito do período de apreciação pública.
A APJF, através da declaração emitida, começa por realçar que a aprovação do referido regime “peca por tardia dado o estado em que se encontram os serviços farmacêuticos de vários hospitais” e apelam a uma “rápida aprovação e processamento administrativo da residência farmacêutica, que permita a o ingresso de jovens farmacêuticos e assim seja reposta a estabilidade dos serviços hospitalares”.
Apesar de pedirem uma rápida aprovação deste regime, aproveitam também para realçar a falta de justiça nas tabelas remuneratórias previstas no diploma, na própria carreira farmacêutica e na carreira especial farmacêutica, e pedem “bom senso dos responsáveis políticos para iniciar a revisão desta situação, remunerando os profissionais de acordo com o seu mérito e responsabilidades”.
A Associação dos Jovens Farmacêuticos recorda que os “farmacêuticos hospitalares são os responsáveis pela boa gestão dos medicamentos, pela validação e supervisão das prescrições clínicas, pela sua preparação e distribuição nos serviços e enfermarias, e por gerar a informação de natureza clínica, científica e financeira para o sistema de saúde, em especial no que diz respeito à avaliação e monitorização dos ensaios clínicos, algo fundamental para a entrada de medicamentos inovadores. A residência farmacêutica é por isso fundamental para o desenvolvimento científico do Farmacêutico com repercussões em toda a sua carreira profissional e preponderante para a saúde dos utentes e gestão hospitalar”.