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Laboratório cabo-verdiano vai produzir medicamentos para a Guiné-Bissau

13 de Julho de 2015

A empresa cabo-verdiana de produtos farmacêuticos Inpharma vai, a partir de outubro de 2016, começar a fabricar medicamentos para Guipharma, congénere da Guiné-Bissau, informou hoje a instituição.

 

«Estamos a alinhavar os pormenores para, a partir de outubro de 2016, começarmos a fabricar os medicamentos para Guiné-Bissau», confirmou à agência Inforpress Gil Évora, diretor comercial da empresa farmacêutica cabo-verdiana, detida em 45% pela empresa portuguesa Labesfal.

 

A exportação dos medicamentos ocorrerá no âmbito de uma parceria firmada entre a Inpharma e o Governo da Guiné-Bissau, que visa também a criação da empresa farmacêutica Guipharma, projeto parado após o golpe de Estado de abril de 2012.

 

Por seu lado, o presidente do conselho de administração da Inpharma, Luís Vasconcelos Lopes, disse que a Guiné-Bissau vai construir e instalar de raiz a sua empresa farmacêutica Guipharma com o apoio técnico do laboratório cabo-verdiano.

 

O processo de negociação para a construção da empresa farmacêutica guineense foi concluído em junho passado, durante uma reunião entre a administração da empresa cabo-verdiana e a ministra da Saúde Pública da Guiné-Bissau, Valentina Mendes, que se encontrava numa visita de trabalho a Cabo Verde.

 

A futura empresa farmacêutica guineense irá «procurar replicar a experiência»do laboratório cabo-verdiano, salientou Vasconcelos Lopes, adiantando que, durante a fase de implementação da empresa farmacêutica em Bissau, a empresa cabo-verdiana vai produzir medicamentos com a marca Guipharma e exportá-los para a Guiné-Bissau.

 

«Iremos ter o privilégio de ser o fornecedor e aumentar as nossas exportações, o que representa o reconhecimento da nossa capacidade do conhecimento, porque já somos reconhecidos como instituição capaz de poder vender a sua tecnologia e conhecimento a países terceiros», frisou.

 

A empresa cabo-verdiana de produtos farmacêuticos, que já exporta para Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique, produz mais de 60 medicamentos, entre pomadas, cremes, xaropes, comprimidos e cápsulas.

 

A empresa cabo-verdiana de produtos farmacêuticos, cuja produção começou em 1993, nasceu em 1990 fruto de uma parceria entre a empresa cabo-verdiana Emprofac e a portuguesa Labesfal, a que se juntaram privados nacionais.

 

Em 2008 ganhou a acreditação internacional do Instituto Português de Acreditação (IPAC) e transformou-se no único laboratório de qualidade acreditado na sub-região africana.