O Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM) anunciou que, até ao fim do ano, o Laboratório Militar vai começar a produzir medicamentos manipulados à base de canabinoides para poder dar resposta aos doentes que já tem prescrição médica.
De acordo com o protocolo assinado entre o OPCM e o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), este irá manipular Canabidiol (CBD) e Tetrahidrocanabinol (THC) isolados, à semelhança do que já faz com a metadona ou outros medicamentos abandonados ou para doenças raras.
“Nós contactámos o Laboratório Militar e estabelecemos um protocolo”, sendo que até ao final deste ano o LMPQF vai começar a manipular canabinóides de modo a poder aviar as receitas dos pacientes que já conseguem ter uma prescrição médica”, explicou Carla Dias, presidente do Observatório.
“No protocolo que estabelecemos o laboratório adquire a matéria-prima, o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) isolados, e faz um manipulado mediante a prescrição médica, seja para para uma criança ou para um adulto”, sublinhou Carla Dias, à Lusa.
O Laboratório Militar está autorizado a produzir medicamentos que não se encontrem autorizados ou comercializados em Portugal e que sejam imprescindíveis na prática clínica e medicamentos manipulados, a distribuir pela rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, assim como medicamentos necessários para fazer face a situações de emergência ou de epidemia, e medicamentos, preparações e substâncias à base da planta canábis.