Laboratórios fora dos hospitais poupariam 53 a 80 milhões de euros ao Estado 10 de Dezembro de 2015 Um estudo sobre o “Panorama dos laboratórios clínicos em Portugal” concluiu que o Estado pouparia entre 53 a 80 milhões de euros por ano se os laboratórios dos hospitais fossem externos a estas instituições. O estudo, elaborado pela consultora EY, em colaboração com um laboratório, foi hoje apresentado na Universidade Católica e indica que a externalização dos laboratórios dos hospitais representaria «uma redução muito significativa de 25% da despesa corrente em serviços laboratoriais», noticiou a “Lusa”. De acordo com a investigação, «as regiões portuguesas que poderiam obter os maiores benefícios com esta ação seriam o Norte, Lisboa e Vale do Tejo e o Centro». «Os hospitais com capacidade instalada superior a 200 camas seriam aqueles com maiores poupanças», lê-se no documento. Conclui-se também que, «ao contar com fornecedores externos, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) poderia reduzir a pressão financeira exigida pelo contínuo esforço de investimento e de formação dos profissionais, necessários para melhorar a eficiência no médio/longo prazo, já que estes investimentos serão assumidos pelo fornecedor privado». «Ao externalizar o laboratório, os pacientes também beneficiam deste modelo, já que potencia o acesso a análises inovadoras e aumenta a qualidade nos cuidados prestados», indicam os autores. Para os investigadores, «a externalização atual de vários serviços não clínicos em Portugal fornece a maturidade e experiência necessárias ao início da externalização dos serviços clínicos». O estudo identifica que «os laboratórios hospitalares em Portugal enfrentam vários desafios, originados principalmente pelo aumento da procura e por reduções orçamentais». Foram divididos os desafios para os departamentos dos laboratórios hospitalares portugueses em três categorias principais: cuidados de saúde sustentáveis, aumento da eficiência e acesso à inovação. «Cada um destes desafios representa uma oportunidade de melhoria, com benefícios potenciais para os diferentes interlocutores», lê-se no documento. Os autores concluíram que, «aumentando as colaborações público-privadas com os laboratórios clínicos nos hospitais públicos, o SNS poderia colher benefícios importantes». A título de exemplo, é referido que «as despesas atuais para patologia clínica e anatomia patológica ascendem a perto de 265.6 milhões de euros por ano, representando um enorme campo de oportunidades para obter poupanças para o sistema». |