A Administração Central do Sistema de Saúde divulgou o Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e Entidades Convencionadas relativo ao ano de 2020.
O relatório, divulgado na semana passada, confirma a redução de alguns serviços de assistência na saúde durante o ano anterior, nomeadamente: as consultas médicas, cirurgias ou situações de atendimento urgente.
Neste documento, é apresentada informação sobre os programas de saúde prioritários e outras iniciativas de saúde, como o acesso aos cuidados de saúde primários, hospitalares, continuados integrados e paliativos.
Detalham-se ainda as ações desenvolvidas no âmbito dos comportamentos aditivos e dependências, saúde e transplantação e emergência médica, entre outros.
Relativamente ao acesso aos medicamentos, destacou-se a subida dos encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos, por um lado, e a redução dos custos dos utentes, por outro.
No ano passado, aumentou também o número total de medicamentos comparticipados pelo SNS e foram introduzidos cerca de 40 medicamentos inovadores, com destaque para as áreas da oncologia, endocrinologia, doenças infeciosas e do sistema nervoso central.
Em 2020, na área dos ensaios clínicos, foram autorizados 155 ensaios, o que constitui o maior número testes clínicos realizados até ao momento.
Segundo o relatório, face ao ano anterior, verificou-se um aumento de encargos na área das análises clínicas, devido ao elevado número de testes realizados ao vírus SARS-CoV-2. Foi gasto um total de 253,5 milhões de euros em testes de deteção ao novo coronavírus, mais 36% do que em 2019.
No que respeita às análises clínicas, o número de prestadores convencionados na área das diminuiu de 359, em 2010, para 160 no ano passado.
Em 2020, o número de consultas presenciais nos Cuidados de Saúde Primários sofreu um decréscimo de 38,5% em relação ao ano passado. No entanto, através das novas tecnologias, foi possível ultrapassar os constrangimentos relacionados com a pandemia, desde logo pelo recurso às teleconsultas, que registaram um aumento superior a 100%.
No balanço final, foram efetuadas mais de 32,5 milhões de consultas médicas, um acréscimo de 3,1% em relação a 2019, e mais de 16,5 milhões de consultas de enfermagem.
Apesar da diminuição das consultas médicas (-10,4%), cirurgias (-17,8%) e episódios de urgência (-29,1%), constata-se para já uma melhoria no ano de 2021, comprovada pelos resultados obtidos no primeiro semestre, face ao período homólogo, com uma evolução positiva na recuperação do número de cuidados de saúde prestados.
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