Legionella: Governo promete «agir com firmeza» para apurar origem do surto 685

Legionella: Governo promete «agir com firmeza» para apurar origem do surto

 


10 de novembro de 2017

O ministro da Saúde prometeu hoje «agir com toda a firmeza» no «apuramento factual» da origem do surto de legionella, salientando que é necessário «perceber exatamente» qual a falha técnica que o originou e de quem é a responsabilidade.

Adalberto Campos Fernandes lamentou mais uma morte provocada pela legionella e confirmou que há ainda «risco» de haver mais mortes, durante uma conferência dedicada ao tema “As Misericórdias e a Saúde”, em Riba d’Ave, Vila Nova de Famalicão.

«As garantias [que posso dar aos portugueses] é de agir com toda a firmeza e determinação sobre aquilo que for o apuramento factual das responsabilidades. Isso é a melhor garantia que damos aos portugueses é que isto não se pode repetir e temos que perceber exatamente qual foi a falha técnica e a responsabilidade dessa falha técnica ter ocorrido», disse, citado pela “Lusa”.

O titular da pasta da Saúde lembrou que está a decorrer «um conjunto de inquéritos» e que «é fundamental perceber como é que equipamentos que têm contratos de manutenção, de vigilância, que estão subcontratados, podem, ao que tudo indica, ter libertado para a atmosfera estas bactérias».

Confrontado com a morte de uma terceira pessoa devido ao surto de legionella que atingiu o Hospital Francisco Xavier, em Lisboa, o ministro lamentou, explicando que «infelizmente, [a situação] está dentro daquilo que é o padrão epidemiológico» que se traçou.

«E é possível que possa vir a acontecer um ou outro caso porque trata-se de doentes com grande vulnerabilidade. O risco está presente e vale a pena falar verdade aos portugueses porque essa probabilidade existe», afirmou.

No entanto, disse, «a parte positiva da situação é que as previsões inicialmente feitas pelos epidemiologistas estão dia a dia a confirmar-se» sendo que «o tempo máximo de incubação de 10 dias está-se a cumprir e o número de casos diários está a ser menor».

«Vamos acreditar que na próxima semana se venha a finalizar», concluiu.