Segundo um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio da AstraZeneca, menos quilómetros percorridos, maior poupança em tempo e dinheiro e maior rapidez no momento de recolha, foram os benefícios indicados por 23,2% dos utentes que antes do confinamento levantavam a medicação no hospital e passaram a fazê-lo numa farmácia perto de si ou recebendo-a em casa.
O estudo, denominado por “Acessibilidade e dispensa de proximidade ao medicamento hospitalar”, foi realizado a doentes e cuidadores, e será apresentado esta sexta-feira, dia 13 de novembro, a partir das 9:30, na 12ª edição do Fórum do Medicamento.
De acordo com o inquérito realizado, cada utente que optou pela entrega de proximidade durante o confinamento, poupou em média 112km em deslocações (ida e volta) e 92% passou a gastar menos de 5€ com as mesmas.
Esta situação originou também uma poupança de tempo, refletido em menos ausências no trabalho, com 55% destes utentes a deixar de necessitar faltar ao trabalho ou tirar férias, e com 90% a deixar de precisar de o fazer. Para além disso, 80,5% passaram a esperar menos de 15 minutos pela sua medicação.
O estudo revela ainda que 82,9% dos doentes crónicos gostaria de continuar a fazer o levantamento da medicação hospitalar nas farmácias (43,7%) ou em casa (39,2%), e 65% mostra-se disponível para pagar por essa dispensa de proximidade, independentemente de pagarem ou não taxas moderadores.
A utilização de aplicações para consultar o ponto de situação da entrega da medicação é também considerada pelos inquiridos como muito útil, com uma avaliação de 4,17, numa escala de 1 a 5.
O estudo contou com uma amostra de 510 indivíduos responsáveis pelo levantamento da medicação de dispensa exclusiva hospitalar, através de entrevistas online, suportadas por um questionário com perguntas fechadas, semi-fechadas e abertas.