Ligação afetiva 1067

Está a decorrer o período de candidatura das farmácias ao Prémio Almofariz, criado pela revista Farmácia Distribuição (FD), para eleger a Farmácia do Ano 2014.

Este prémio distingue entre as candidatas, a farmácia que evidencia que melhor cumpre os requisitos de regulamento, e que são, para além da especificidade da profissão, os procedimentos de boas práticas de gestão que qualquer empresa, independentemente da sua natureza ou dimensão deve ter.

Curiosamente, o início da minha atividade como farmacêutica de Farmácia Comunitária, coincide com o lançamento da revista FD. Atrevo-me a dizer que à época, ambas estávamos a dar os primeiros passos de um percurso que, pela minha parte, era totalmente diferente do que fora a minha atividade profissional até então.

Por isso, senti uma enorme necessidade de me munir de todos os recursos que me ajudassem a melhor entender e conhecer este novo setor, de modo a dar o meu melhor contributo à comunidade e à classe, de forma coerente e profissional, tendo sempre como Missão o bem estar da comunidade que sirvo, e como foco permanente uma boa gestão da farmácia no sentido de assegurar a sua sustentabilidade.

Das muitas revistas, jornais, newsletters, etc., que nos chegavam quase diariamente e que avidamente lia para poder estar mais informada, a FD de imediato prendeu a minha atenção e interesse. E passou a fazer parte daquelas leituras que temos por hábito fazer, todos os dias um pouco, porque criamos empatia com os conteúdos e com o formato.

A FD acompanhou-nos sempre desde o primeiro momento, inspirando-nos , e dando muitas vezes o mote para reflexões muito produtivas no seio da equipa.

Confesso que nunca tinha refletido sobre esta “ligação afetiva” a uma publicação profissional, até há uns dias atrás num grupo de trabalho entre colegas, em que na conversa de circunstância se falou deste Prémio Almofariz, e dos requisitos da candidatura, que para alguns de afigurava demasiado complexa, e de âmbito muito alargado.

No ânimo da dissertação sobre o tema, um colega observador e pouco dado a debates, intervém e diz simplesmente: “…vocês andam todos distraídos, porque os requisitos, se repararmos, são os temas que a revista aborda desde sempre. Se tivessem lido e feito o trabalho de casa, percebiam o que estou a dizer…”

Não sei o que cada um pensou, pois o tema ”morreu” ali, mas para mim ficou muito claro, que a nossa “ligação afetiva”, ia muito para além disso: Percebi que afinal uma simples publicação mensal pode ajudar, inspirar e influenciar , quando feita de forma inteligente, bem estruturada e pensada.

Paulatinamente, a FD, com os seus artigos de informação, as entrevistas a pessoas inspiradoras, as abordagens temáticas sobre gestão, responsabilidade profissional e social, entre outras, teve, sem dúvida, o seu contributo na escolha e consolidação do caminho que fomos trilhando, por se adivinhar o correto.

… E deu-me algum conforto recordar que a FD está sempre na mesa do nosso refeitório na farmácia…

Helena Amado, farmacêutica