A Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) quer melhorar a qualidade na prestação de cuidados de urgência nos serviços públicos e, para isso, procura tornar a linha SNS 24 na porta de entrada do SNS.
Intitulado “Ligue antes, salve vidas”, o projeto piloto envolve um conjunto de entidades, em particular a Direção Executiva do SNS, o o ACeS Póvoa do Varzim/Vila do Conde e o CH Póvoa do Varzim/Vila do Conde, em conjunto com os SPMS, DGS, INEM, ARS Norte e ACSS. O objetivo passa pelo uso da linha SNS 24 como forma de saber qual o encaminhamento adequado para responder às necessidades do doente e salvaguardar os profissionais.
Em comunicado, a Direção Executiva do SNS explica querer “capacitar o cidadão para a escolha adequada da resposta em saúde que lhe irá prestar os cuidados mais adequados ao seu estado de doença aguda, naquele momento, garantindo, ainda, que esta resposta qualificada é dada em tempo útil”.
O projeto inclui medidas no âmbito da literacia em Saúde, que pretendem reforçar a utilização preferencial do contacto com a linha SNS 24 como entrada no SNS para um encaminhamendo adequado: “autocuidados em domicílio, consulta aberta em cuidados de saúde primários (com consulta agendada no mesmo dia ou no dia seguinte) e Serviço de Urgência”. Para situações emergentes, o contacto a estabelecer mantem-se através da linha 112 e o INEM dará a devida resposta.
Ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, a otimização da oferta existente de consulta aberta na totalidade das UF do ACeS (14 USF) “permitiu disponibilizar, por semana, 2552 consultas para resposta ao utente e 785 consultas para marcação direta na agenda através da linha SNS24 e SU do CHPVVC”. Outra das medidas implementadas vem permitir ao acesso à resposta a doença aguda aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 13h, através da criação de um Serviço de Atendimento Complementar.
Ao nível dos Cuidados Hospitalares, destacam-se as medidas para dar resposta aos doentes crónicos complexos, em situação de doença agudizada, com referenciação e marcação direta pelos CSP, para especialidades como Medicina Interna, Consulta multidisciplinar de pé diabético, Ginecologia/Obstetrícia, Imunohemoterapia, Medicina Interna, Ortopedia e Psiquiatria. Também a possibilidade de utilizar a Hospitalização Domiciliária, com referenciação direta dos CSP, através de um procedimento de integração de cuidados, evita que um doente agudizado que necessite de internamento, tenha de ir para o SU hospitalar.
No caso do utente que recorre ao SU e que apresenta critérios clínicos para avaliação nos CSP (utilização considerada indevida ou evitável), o SU recalcula um percurso alternativo (referenciação inversa), direcionando o utente para a sua Unidade de Saúde Familiar, oferecendo esta resposta através da marcação direta de uma consulta aberta na agenda disponível para o efeito.