Lilly e Incyte: Resultados positivos relativos ao baricitinib 717

30 de dezembro de 2014

A Eli Lilly & Company e a Incyte Corporation anunciaram, em comunicado, que o estudo de Fase 3 RA-BEACON do baricitinib – molécula a ser estudada para o tratamento da artrite reumatóide moderada a grave – atingiu o endpoint primário em comparação com o placebo, após doze semanas de tratamento.
 
Desenvolvido por estas duas empresas, o estudo incluiu 527 doentes com artrite reumatóide moderada a grave que não responderam a pelo menos um tratamento com inibidores de um ou mais fatores de necrose tumoral (TNF) e que estavam em tratamento com doses estáveis de fármacos antirreumáticos modificadores da doença convencionais (cDMARD). As duas empresas irão divulgar os resultados de vários estudos de Fase 3 em curso ao longo de 2015, através de comunicados.
 
De acordo com David Ricks, vice-presidente da Lilly e presidente da Lilly Bio-Medicines, «geralmente considera-se que os doentes com artrite reumatóide com uma resposta insuficiente aos inibidores do TNF são os que têm menos probabilidades de responderem a tratamentos subsequentes. Estes resultados reforçam a nossa confiança no potencial de baricitinib como opção terapêutica significativa para todos os que sofrem desta doença debilitante».
 
Os doentes receberam uma de duas doses de baricitinib ou placebo uma vez por dia, conjuntamente com a sua terapêutica convencional de base com fármacos antirreumáticos modificadores de doenças convencionais (cDMARD). A maioria dos doentes que concluiu este ensaio de 6 meses optou por participar num estudo de extensão de longo prazo.

«Estamos muito satisfeitos com estes resultados», afirmou Rich Levy, responsável pelo desenvolvimento de novos medicamentos e diretor médico da Incyte Corporation. «Temos grande expectativa em relação aos dados que vamos receber nos próximos doze meses de outros estudos de Fase 3 de baricitinib na artrite reumatóide, incluindo doentes com uma resposta insuficiente ao tratamento com DMARD convencionais e doentes que se encontram numa fase inicial da doença»
 
A incidência de acontecimentos adversos graves com o tratamento com baricitinib, incluindo infeções graves, foi semelhante à do placebo, não tendo sido registadas infeções oportunistas nem perfurações gastrointestinais. Ainda assim, observou-se uma maior incidência de acontecimentos adversos emergentes do tratamento com baricitinib, tais como cefaleias, infeções do trato respiratório superior e nasofaringite.
 
Os resultados de vários estudos de Fase 3 que estão atualmente a ser desenvolvidos serão divulgados ao longo de 2015, sendo que está também a ser avaliada a segurança e a eficácia do medicamento num programa amplo de Fase 3 que inclui mais de três mil doentes com artrite reumatóide.