Lisboa entra no top das 400 melhores universidades do mundo, Minho mantém-se, Porto sai 02 de outubro de 2014 Portugal continua a ter duas representantes naquele que é um dos mais prestigiados rankings das universidades, elaborado pela “Times Higher Education” (THE), divulgado ontem. Entre aquelas que são consideradas as 400 melhores instituições de ensino superior no mundo, o Minho manteve-se na lista de 2014/2015, Lisboa entrou pela primeira vez e a Universidade do Porto caiu alguns lugares, deixando de figurar. Ambas ocupam a última parte da tabela, entre os lugares 351 e 400, avançou o “Expresso”. Elaborado a partir da avaliação de 13 indicadores (da qualidade do ensino, ao impacto da investigação, passando pela projeção internacional), o ranking confirma o domínio do sistema de ensino norte-americano: no top 10, os EUA colocam sete instituições, com Caltech (California Institution of Technology) e Harvard à cabeça, o primeiro pelo quarto ano consecutivo. Logo a seguir surge a primeira representante do Reino Unido – Oxford. As duas nações dominam por completo o top 20. E só a Suíça, com o Swiss Federal Institute of Techonlogy, consegue aparecer nestes lugares cimeiros. Ainda assim, sublinham os responsáveis da revista “THE”, que utiliza os dados da Thomson Reuters para a elaboração das listas, é evidente «um preocupante declínio da América do Norte, com Estados Unidos e Canadá a perderem representantes» – 60% das universidades norte-americanas desceram no ranking deste ano. O Reino Unido atravessa uma evolução semelhante e perdeu três universidades no prestigiado top 200. Enquanto isso, o sudeste asiático reafirma-se como uma potência em crescimento nesta área. Passou de 20 para 24 universidades entre as 200 melhores. A Universidade de Tóquio mantém-se líder na região (23ª posição no ranking mundial), mas é perseguida cada vez mais de perto pela Universidade Nacional de Singapura. A pequena cidade Estado consegue colocar duas instituições neste grupo. A Turquia é outros dos países em destaque, conseguindo a proeza de passar de uma universidade para quatro no top 200. O impacto da investigação feita nestas escolas determinou o salto, explica o “THE”. Contrariando as perdas do Ocidente, a Alemanha teve um excelente ano e viu mais duas das suas universidades a subir até aos 200 primeiros lugares, ultrapassando a Holanda, que foi até agora a segunda maior potência europeia a seguir ao Reino Unido. Com 12 instituições neste grupo de elite, tornou-se o terceiro país mais representado. Rússia e Itália também conseguiram reentrar na primeira metade da tabela, onde estão 28 países. Portugal continua bastante longe. O facto de o país manter duas universidades no ranking é descrito pela revista como algo de significativo, perante o avanço de várias nações do sudeste asiático, como China, Hong Kong, Singapura e Coreia do Sul. Mas há «alguma preocupação» com o facto de as duas representantes portuguesas se manterem no fim da tabela. O ranking da “THE” contou com a opinião de cerca de 10 mil académicos em todo o mundo e a análise de 50 milhões de citações de artigos científicos. «Foram tidos em conta 13 indicadores em cinco áreas, fazendo deste ranking mundial o único que examina todas as missões de uma universidade global: investigação, ensino, transferência de conhecimento e atividade internacional», sublinham os autores. |