
O presidente da Câmara de Lisboa considerou que os nove projetos finalistas nas áreas da educação, imigração e saúde aos prémios de Inovação Social, a divulgar até maio, são “uma ajuda tecnológica” para melhorar a vida na cidade.
“Esta aqui é uma ajuda tecnológica, através de plataformas, por exemplo, para os alunos, para a aprendizagem, quando chega um imigrante, como é que ele aprende melhor a língua, como é que ele encontra trabalho”, afirmou, ontem, Carlos Moedas (PSD).
Para o autarca, todos os projetos tecnológicos “têm esse interesse” e o município vai continuar a trabalhar com as empresas finalistas para depois “a câmara municipal poder utilizar também estas plataformas”.
Em relação às propostas finalistas, selecionados de entre mais de 300, que não vencerem o Prémio de Inovação em cada área, Carlos Moedas admitiu que a autarquia arranjará “também soluções” para “continuarem a trabalhar” se “forem boas”.
Área Social
Os finalistas aos prémios de Inovação na Área Social (‘Innovation 4 All’), de entre mais de 300 candidaturas, na área da qualidade da educação, são os projetos de plataformas Growappy, para creches e jardins-de-infância, Jade Autism, de aprendizagem para crianças com autismo, e ubbo, de aprendizagem de código informático para crianças entre os 6 e os 12 anos.
Imigração
Na área da integração da imigração, foram selecionadas para a fase final as plataformas Class of Wonders, de aprendizagem de português usando princípios de ‘design’ de jogos, Commu App, de interação entre pessoas em situação de vulnerabilidade e voluntários para ajudar, e Equivalence, que adapta currículos e documentação de um imigrante ao país.
Saúde
No acesso aos cuidados de saúde, foram selecionados os projetos RadiSen, solução de Inteligência Artificial para melhorar o diagnóstico de exames com raio-X e mamografias, Usawa Care, para conectar pais com pediatras, e Virtuleap, óculos de realidade virtual para idosos para promover a saúde mental e cognitiva.
Capital europeia da inovação
Os prémios, de 120 mil euros em cada uma das três áreas, foram criados na sequência da distinção de Lisboa como Capital Europeia da Inovação (European Capital of Innovation) 2023, pela Comissão Europeia, no valor de um milhão de euros.
Segundo explicou à Lusa o presidente da autarquia, em fevereiro de 2024, uma grande parte desse dinheiro seria dedicado à inovação social, para ajudar “as pessoas mais vulneráveis”.
À margem da apresentação dos nove finalistas, nos Paços do Concelho, Carlos Moedas explicou que o montante da União Europeia “seria para continuar a ajudar” o “ecossistema de empresas que estão a crescer nestas áreas tecnológicas”, mas também para “três prémios na área da inovação”, nos domínios da educação, imigração e saúde.
“A inovação muitas vezes é vista pelas pessoas como algo apenas da tecnologia, das startups, de todas estas empresas modernas, deste talento nómada que vive em Portugal e eu quero transformar também essa inovação com o seu papel social, com o seu papel de inovação na área social”, frisou.