O presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos (SRSRA-OF), Luís Lourenço, foi destacado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos 5.000 micro-influenciadores da vacinação contra a covid-19 em Portugal.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) “recrutou e formou 5.000 micro-influenciadores como fontes de informação fidedignas durante a pandemia de covid-19. Esta abordagem inovadora tem contribuído para o país alcançar uma das mais altas taxas de vacinação contra a covid-19 no mundo”, explica a OMS.
Estes membros da sociedade com capacidade de influência tornaram-se em importantes fontes de informação para as preocupações dos cidadãos acerca das medidas e da vacinação contra a covid-19. A OMS destaca que estas personalidades “espalharam informação de confiança e redirecionaram todas as dúvidas ou confusões para as autoridades centrais de saúde”. Inseridos em toda a sociedade, estes micro-influenciadores representam “uma pessoa de confiança com quem discutir dúvidas ou preocupações”.
“Como profissional de saúde, tenho o compromisso de promover o melhor serviço de saúde para todos”, explica Luís Lourenço em declarações à OMS. Como farmacêutico comunitário, o presidente da SRSRA-OF considera ser “bastante simples trabalhar todo o dia como micro-influenciador”, ajustando o seu método “de acordo com a pessoa que está à sua frente”, seja quando está a “dispensar, a administrar medicamentos ou noutras interações com os pacientes”. A linguagem utilizada “deve ser sempre simples e clara”, garante.
“Ciência, confiança e orientação”
O farmacêutico revela que acompanha diariamente as novidades da sociedade profissional para se manter a par das informações científicas relacionadas com medicamentos. “Se alguém é influenciador, tem o dever de se manter informado. A maior recompensa é testemunhar a melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos quando tomam decisões com base nas orientações fornecidas”.
“Era comum ser abordado por idosos que me perguntavam se a vacinação contra a covid-19 era segura, uma vez que tinham ouvido falar de muitas pessoas que experienciaram efeitos secundários após serem vacinadas. Eu expliquei que o número reportado de efeitos secundários deveria ser relacionado com o número total de pessoas vacinadas”, continua. “Os números são bons para explicar a magnitude dos eventos”, assegura.
Luís Lourenço admite que “foi muito gratificante perceber que estes pacientes foram todos vacinados com uma ideia muito clara acerca da ciência dos medicamentos. Os níveis de vacinação em Portugal reduziram drasticamente o número de mortes por infeção e ajudaram as nossas comunidades a iniciar novamente as suas interações sociais”. “Ciência, confiança e orientação”: assim descreve o seu trabalho como micro-influenciador.