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Madeira reduziu em 10% mortes por sépsis grave

15 de setembro de 2014

O diretor do Serviço de Medicina Intensiva do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, José Júlio, disse no sábado que a Madeira, desde 2009, conseguiu reduzir em 10% os casos de mortes de doentes com sépsis muito grave.

«A sépsis tem diferentes aspetos de gravidade, há sépsis pouco graves e sépsis muito graves e, para aquelas formas muito graves, conseguimos reduzir a mortalidade em cerca de 10%», revelou o médico à agência “Lusa”, à margem da assinatura de um protocolo de cooperação entre o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) e a Universidade da Madeira (UMa) para monitorização da sépsis.

José Júlio, que também faz parte da Via Verde Consultiva da Sépsis a nível nacional, adiantou que a Madeira implementou um sistema precoce de deteção que não só funciona nos hospitais como em todos os centros de saúde da Região com serviços de urgências.

José Júlio explicou que, «desde 2009, foi criado um sistema de resposta rápida» à sespsis.

«Naquelas formas mais graves de sépsis, que anteriormente tinham mortalidades de 40%, conseguimos reduzi-las para 30%, ou seja, em cada 100 morriam 40, agora em cada 100 passaram a morrer 30», realçou.

O médico, no Dia Mundial da Sépsis, revelou que o SESARAM tem-se preocupado em transmitir à população «o que se pode fazer para evitar a sépsis», uma infeção generalizada que pode levar à disfunção de alguns órgãos.

Cumprir o programa nacional de vacinações, lavar as mãos e ter estilos de vida saudáveis são algumas das medidas que a população deve seguir nesta área.

O Coordenador Nacional da Via Verde da Sépsis, José Artur Paiva, considerou a Madeira «um caso exemplar» no combate à sépsis: «É um dos dois exemplos nacionais em que a Via Verde da Sépsis não funciona só ao nível do Serviço de Urgência mas tem um processo continuado com início no pré-hospitalar, passando pelo Serviço de Urgência e, também, pela emergência inter-hospitalar».