Maior unidade de cuidados continuados de Lisboa deve arrancar no verão 11 de Janeiro de 2016 A nova unidade de cuidados continuados integrados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que será a maior da capital, deve arrancar depois do verão deste ano, segundo previsões feitas pelo provedor, Pedro Santana Lopes. Esta unidade vai avançar no antigo Hospital Militar da Estrela, comprado pela Santa Casa ao Estado por cerca de 15 milhões de euros. «O estado de conservação [do edifício] é razoável. Permite começar a usá-lo depois do verão, para as respostas no outono/inverno, para os chamados picos de procura», afirmou aos jornalistas o provedor da Santa Casa, Santana Lopes, durante uma visita do ministro da Saúde a estas instalações do antigo hospital militar. Santana Lopes explicou que vai ser criado um grupo de trabalho prático onde será definido o programa desta futura unidade de cuidados continuados, sempre em articulação com a rede nacional. «Não faz sentido num país com tanta falta de recursos haver respostas individuais para problemas tão graves», declarou o provedor, apontando assim para a importância de ter uma garantia de articulação e de definição de diretrizes com o Ministério da Saúde, avançou a “Lusa”. Só depois de definido esse «programa funcional» para aquela que será «a maior unidade de cuidados continuados e paliativos integrados de Lisboa» é que Santana Lopes admite avançar com um orçamento global, mas indicou já que espera que implique menos investimento do que os 15 milhões de euros pagos ao Estado na aquisição do edifício. Além dos cuidados continuados de curta, média e longa duração, a Santa Casa admite vir a ter no antigo Hospital Militar da Estrela consultas de especialidade, sobretudo algumas que não estejam no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Sobre este projeto da Santa Casa, o ministro da Saúde manifestou a convicção de chegar a um «entendimento equilibrado» em prol do serviço público. «Se conseguirmos chegar a um entendimento equilibrado e que defenda o interesse público, vamos fazer o que falta fazer em Lisboa, [que tem] a maior densidade demográfica, os maiores problemas de envelhecimento, e a menor resposta em cuidados continuados integrados, o que é incompreensível», concluiu. |