Mais 1300 casos de cancro atrasam resposta nos IPO 339

30 de outubro de 2014

Até julho, os três IPO fizeram menos 339 cirurgias, mas o número de casos novos está a aproximar-se rapidamente dos 50 mil, com uma subida de 3% ao ano, de acordo com o “DN”.

Cirurgia plástica, Urologia ou Otorrinolaringologia são algumas áreas que já têm tempos de espera mais altos na área da oncologia. Em parte porque a procura não está a ser acompanhada por um alargamento da atividade. Até julho, os três IPO fizeram menos 339 cirurgias, mas o número de casos novos está a aproximar-se rapidamente dos 50 mil, com uma subida de 3% (1300 doentes) ao ano.

À falta de camas juntam-se saídas de profissionais e problemas de contratação que não permitem esticar a produção até onde é necessária. Ainda assim, a maior parte dos casos têm resposta dentro dos tempos definidos por lei, abaixo dos 60 dias.

Nuno Miranda, o diretor do programa nacional para as doenças oncológicas, diz que o número de cirurgias tem aumentado «ligeiramente no País, mas não está a acompanhar um aumento da procura que tem sido consistente, de 3% ao ano. Em 2009, o último ano em que há dados disponíveis, registaram-se 45037 novos casos de cancro no País».