A lista de espera para cirurgia oncológica diminuiu desde o início do Plano de Emergência da Saúde, mas no final de julho ainda eram mais de 1.500 os doentes que aguardavam operação fora do tempo recomendado.
Segundo os dados disponíveis no portal do Serviço Nacional da Saúde relativos à monitorização das medidas do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, a 26 de julho estavam a aguardar cirurgia oncológica fora do Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG) 1.547 doentes, menos 1.098 do que no final de abril.
No total, a 26 de julho, estavam inscritos para cirurgia oncológica 8.111 doentes, menos 1.263 do que quando as medidas do Plano de Emergência foram divulgadas.
Os números divulgados no portal do SNS indicam que no final de abril estavam em lista de espera para cirurgia oncológica fora do tempo recomendado e ainda por agendar 1.629 utentes, um número que baixou para 362 no final de julho.
Segundo os mesmos dados, entre maio e o dia 26 de julho foram operados 18.904 doentes oncológicos.
O programa OncoStop, que prevê a regularização das listas de espera para cirurgia oncológica, é uma das medidas urgentes do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, que integra 54 medidas – urgentes, prioritárias e estruturantes -, com o objetivo de garantir o acesso a cuidados de saúde ajustados às necessidades da população.
As medidas estão estruturadas em cinco eixos estratégicos:
- Resposta a Tempo e Horas;
- Bebés e Mães em Segurança;
- Cuidados Urgentes e Emergentes;
- Saúde Próxima e Familiar;
- Saúde Mental.
O Governo prevê, para as medidas urgentes, resultados até três meses, para as prioritárias, resultados até ao final deste ano e, para as estruturantes, resultados a médio e longo prazo.
O programa OncoStop faz parte do eixo Resposta a Tempo e Horas, que segundo os dados disponíveis no portal do SNS tem duas medidas urgentes, uma das quais já concluída, avança a Lusa.
Além destas duas medidas urgentes, o eixo Resposta a Tempo e Horas tem ainda previstas três medidas prioritárias, como o programa cirúrgico para doentes não oncológicos e o reforço do acesso à consulta especializada, e cinco estruturantes.