Mais de 11 toneladas de medicamentos foram apreendidas em Angola 594

11 de Setembro de 2015

Uma operação coordenada pela polícia angolana resultou na apreensão de mais de 11 toneladas de medicamentos diversos em mercados formais e informais de Angola, bem como na detenção de 33 indivíduos.

 

Os resultados da operação “Jiboia II”, enquadrada nas ações da Organização Internacional de Polícia Criminal e da INTERPOL, que decorreu entre 19 e 22 de agosto passado, foram apresentados ontem em Luanda, numa conferência de imprensa.

 

A operação, que decorreu em simultâneo no Malaui, Tanzânia, Zâmbia, África do Sul, Moçambique e Suazilândia, teve como resultado global a apreensão de cerca de 160 toneladas de medicamentos, que resultou igualmente na detenção de 509 pessoas e no encerramento de cerca de 20 lojas de fornecimento.

 

Em Angola, a quantidade de medicamentos apreendidos – contrafeitos, conservados de forma incorreta, com o prospeto sem tradução para português e vendidos em mercados informais – está avaliada em cem milhões de kwanzas (707,7 mil euros).

 

A província de Luanda destaca-se nos resultados obtidos, com um total de 5.350 quilogramas de medicamentos apreendidos, seguido de Cabinda, com 2.964 quilogramas, e Cunene, com 303 quilogramas.

 

Segundo o diretor-geral de inspeção do Ministério da Saúde de Angola, Miguel dos Santos de Oliveira, os fármacos chegam ao país por via terrestre e têm a origem fundamentalmente na China, Índia, República Democrática do Congo e Nigéria.

 

O responsável adiantou que os medicamentos entram maioritariamente pela fronteira terrestre do Luvu e Massabi, além de outros pontos sem o controlo das autoridades, escondidos entre mercadorias, nomeadamente carvão.

 

Miguel dos Santos de Oliveira referiu que os medicamentos apreendidos são sobretudo para o tratamento de disfunção erétil e hormonais, antipalúdicos, antibióticos, estimulantes sexuais e anabolizantes.

 

No decurso da operação, foram detidos 33 indivíduos, entre os quais um cidadão da República Democrática do Congo.

 

Em Angola, a operação foi coordenada pelo Serviço de Investigação Criminal, contando com a colaboração de departamentos dos Ministérios da Saúde e do Comércio, e da Administração Geral Tributária.