Mais de 16 mil portugueses pediram ajuda para comprar medicamentos 1043

De acordo com a Associação Dignitude, que lançou o programa de emergência Abem, são mais de 16 mil os portugueses que pediram ajuda para comprar medicamentos.

A pandemia que estamos a viver neste momento por covid-19, agravou as necessidades de muitos portugueses, entre elas a dificuldade em comprar medicamentos, o que fez aumentar o número de beneficiários do programa de emergência Abem.

Segundo a Associação Dignitude, de 2019 para 2020, subiu em cerca de 50% o número de pessoas auxiliadas pelo programa.

Em declarações à Rádio Renascença, a embaixadora da Dignitude, Maria de Belém Roseira, indicou que são mais de 16 mil as pessoas a serem ajudadas pelo programa de emergência Abem.

“Neste momento, já estamos a ajudar mais de 16 mil pessoas. Os últimos dados, referentes a julho, eram, para ser mais precisa, 16.072 pessoas”, indicou a embaixadora, o que representa quase nove mil famílias.

Maria de Belém Roseira acrescenta ainda que “se formos ver os dados internacionais, OCDE ou União Europeia, vemos que os portugueses são daqueles que mais dificuldades têm em aceder aos medicamentos e também são os portugueses aqueles que mais dinheiro do seu bolso têm de despender para aceder aos cuidados de saúde”.

Os pedidos de ajuda chegam de todo o país, mas sobretudo dos grandes centros urbanos.

“Temos sempre o problema nos grandes centros, mas o que nos interessa é chegar às pessoas mais carenciadas. Nos grandes centros, muitas vezes já há programas específicos, mas não há dúvida de que nos procuram muito a nós, porque este programa, como é nacional e já tem uma base de grandes números, acaba por ser um programa que permite uma mutualização maior dos riscos”, explicou à Renascença.

Desde que foi criado em 2016, programa de emergência Abem, de ajuda à compra de fármacos, já dispensou mais de 639 mil medicamentos.

O programa de emergência Abem está presente em todo o país, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores. Ao todo, são 18 distritos mais as regiões autónomas e 155 concelhos. Para além da parceria com as autarquias e instituições sociais, há ainda 902 farmácias que colaboram com o programa.