Mais de 160 farmacêuticos hospitalares pediram escusa de responsabilidade este ano 589

Ao longo deste ano, mais de 160 farmacêuticos hospitalares de várias unidades de saúde do país apresentaram declarações de exclusão de responsabilidade, revelou a Ordem dos Farmacêuticos (OF) esta quarta-feira.

“Ao longo do último ano, mais de 160 farmacêuticos hospitalares deram conhecimento à OF das declarações enviadas aos respetivos conselhos de administração e direção dos serviços farmacêuticos”, lê-se no site da Associação Pública Profissional. Nos últimos meses, as escusas de responsabilidade chegaram dos Centros Hospitalares de Leiria, Lisboa Norte, Lisboa Central e Vila Nova de Gaia/Espinho.

Juntam-se aos profissionais do Hospital Distrital de Santarém, Hospital de Loures, Hospital de Cascais, Centro Hospitalar do Algarve, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Instituto Português de Oncologia do Porto e Centro Hospitalar Universitário de Santo António.

A Ordem assume-se solidária e compreensiva com as situações denunciadas e refere que, “em várias reuniões com o Ministério da Saúde, foi solicitada a intervenção da tutela na resolução dos constrangimentos que afetam a atividade dos profissionais que trabalham nos serviços farmacêuticos hospitalares das unidades do SNS”. Acrescenta que apelou à “intervenção dos conselhos de administração para que, no âmbito das suas competências, possam ajudar na resolução dos problemas referidos pelos farmacêuticos”.

Os números representam cerca de 20% de toda a classe profissional em meio hospitalar, a quem “a redução do número de farmacêuticos está comprometer seriamente o trabalho regular diário, as escalas de urgência, unidades de produção ou o atendimento de doentes ambulatório, entre outros”. Acresce a “recorrente falta de medicamentos essenciais, a que os serviços farmacêuticos são alheios, com implicações graves na saúde dos doentes”. Serão necessários 300 farmacêuticos hospitalares do SNS, diz.