Mais de 73% dos portugueses com 65 anos ou mais vacinou-se este ano contra a gripe, segundo a 3.ª vaga do relatório Vacinómetro, divulgado esta terça-feira, que revela também que a maioria das pessoas se vacinou por recomendação médica.
Uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que desde 2009 se dedica a monitorizar em tempo real a taxa de vacinação contra a gripe em grupos prioritários, o relatório indica que 73,4% dos portugueses com 65 anos ou mais já se vacinaram contra a gripe, uma taxa de cobertura que desce para os 59,7% se se tiver em conta a população com 60 ou mais anos.
Os dados da 3.ª vaga do Vacinómetro mostram ainda que as taxas de cobertura são superiores a 70% entre os doentes crónicos, com 79,8% dos doentes com diabetes vacinados e 71,6% de pessoas com doença cardiovascular vacinadas.
Se for tida em conta apenas a faixa etária entre os 60 e os 64 anos, a taxa de cobertura de vacinação é de 38,3%.
Entre os profissionais de saúde o total de vacinados não chega a metade, com uma taxa de cobertura de 43,9% entre os que têm contacto direto com doentes.
Regionalmente, da “população vacinada com 65 ou mais anos de idade, 91,7% é da região autónoma da Madeira, 89,1% do Alentejo, 78,5% do norte, 73,5% da área metropolitana de Lisboa, 71,6% do Algarve, 62,5% da região centro e 50,0% da região autónoma dos Açores”.
O relatório revela que 40,2% dos vacinados o fez por recomendação médica, 29,3% por iniciativa própria, 20% por iniciativa laboral, 5,8% por fazer parte de grupos de risco e 3,9% por ter sido notificado de agendamento pelo Serviço Nacional de Saúde.
Segundo os dados recolhidos, há ainda 34% de doentes crónicos que tencionam vacinar-se nesta época gripal e cerca de 25% de pessoas com 65 ou mais anos tem a mesma intenção.
O Vacinómetro aponta ainda que no que diz respeito à coadministração da vacina contra a gripe com a vacina contra a covid-19, “77,5% das pessoas vacinadas pertencentes aos grupos com recomendação, optou pela coadministração”.
Entre os que optaram pela coadministração, 78,4% fê-lo por se sentir mais seguro e 13,8% por recomendação médica.