Mais medicamentos pediátricos, mas investigação do cancro infantil representa apenas 7%
26 de outubro de 2017 O regulamento pediátrico de medicamentos, aprovado há 10 anos, conduziu à autorização de 260 novos fármacos e promoveu a investigação, mas os tratamentos para o cancro nas crianças ainda só representa 7% da pesquisa nesta área. As conclusões constam de um relatório que a Comissão Europeia entrega hoje no Parlamento Europeu e no Conselho da Europa sobre os progressos realizados nos medicamentos para crianças desde que o regulamento pediátrico entrou em vigor, há 10 anos. De acordo com as conclusões do relatório, registaram-se nesta década «progressos significativos» no desenvolvimento de medicamentos para crianças, os quais não teriam acontecido sem uma legislação europeia específica nesta área. O regulamento permitiu, nomeadamente, a autorização de 260 novos medicamentos. No entanto, os medicamentos contra o cancro nas crianças ainda só representam sete por cento dos planos de investigação pediátricos. O comissário responsável pela saúde e segurança alimentar, Vytenis Andriukaitis, congratulou-se com os resultados obtidos pela legislação, embora lamente que os avanços registados na luta contra o cancro não se registem na oncologia pediátrica. «Nos próximos dez anos devemos focar-nos em alcançar avanços semelhantes para as crianças», adiantou, citado pela “Lusa”. O relatório indica que, em 2017, o número de planos de investigação pediátrica aprovados ascendeu a mil. Destes, 131 estavam completos no final de 2016. A área com maior número de planos concluídos é a imunologia/reumatologia (14%), seguidas de doenças infeciosas (14%), do foro cardiovascular (10%) e vacinas (10%). |