Depois de uma visita ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que a falta de anestesistas na Urgência da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, demonstra a necessidade de se ter um Serviço Nacional de Saúde com profissionais em dedicação exclusiva. Em causa está a falta destes profissionais de saúde que deixou esta segunda-feira, e no dia de Natal, a MAC a funcionar em serviços mínimos.
«[A anestesia] é, de facto, uma área onde o Serviço Nacional de Saúde tem sofrido uma perda de profissionais que optam por trabalhar noutros setores. É importante que nós percebamos como é que conseguimos captar, reter, voluntariamente, estes profissionais e é um trabalho que vamos continuar a desenvolver», afirmou Marta Temido aos jornalistas do “Público”.
Este facto levanta a questão sobre a necessidade do SNS criar condições aos profissionais de saúde para os reter de forma exclusiva a uma especialidade.
Segundo a ministra da Saúde, o conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central tem-se focado em «maximizar os anestesistas» do mapa daquela estrutura, mas ainda assim, não conseguiu evitar que se recrutasse um prestador de serviços.
O conselho de administração pagaria os 500 euros à hora pedidos para a prestação de serviços de anestesia, «mas sucede que não foi possível recrutar um segundo elemento» para a MAC. De acordo com a ministra, mesmo com essa condicionante, os serviços de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo conseguiram funcionar «dentro da normalidade», graças à rede do SNS.