A ministra da Saúde afirmou ontem em Bruxelas, à saída de uma reunião com homólogos europeus, que as falhas no acesso a medicamentos não são “um exclusivo nacional”.
“Aquilo que constatámos que as dificuldades que o nosso país sente se sentem também em outros países. Elas são sobretudo resultantes da globalização do mercado e da deslocalização de algumas áreas de produção para países como a Índia ou a China, e uma maior dificuldade no acesso a substâncias que entram na fabricação de determinados fármacos ou a alguns fármacos em concreto”, comentou Marta Temido.
A ministra da Saúde notou que “as estratégias dos vários países se encontram bastante alinhadas” com as decisões do Governo português “em agosto e em outubro passados”, ao nível da “introdução de mecanismos de melhor gestão de eventuais problemas”, da “criação de mecanismos de alerta de falhas para a identificação de soluções alternativas” e da “definição de stocks mínimos para todos os intervenientes na cadeia do medicamento”.
“As designadas falhas e ruturas de facto não são de todo em todo um exclusivo nacional. Nós já o sabíamos e este Conselho veio demonstrar um total alinhamento da preocupação dos vários países (…), que, de uma forma muito expressiva e muito assertiva, quiseram pronunciar-se no sentido de termos uma estratégia global para o acesso ao medicamento”, afirmou.